| 22/06/2009 17h39min
A Fifa realizará campanha de combate ao racismo no futebol antes das semifinais da Copa das Confederações, na África do Sul. Na quarta-feira, a Espanha enfrenta os Estados Unidos, em Bloemfontein, enquanto o Brasil pega a África do Sul, no dia seguinte, em Johanesburgo.
As equipes tirarão uma foto juntas com uma faixa na qual estará escrito “Diga não ao racismo”, e os capitães lerão uma declaração para pedir a todos que acabem com esta prática tanto no futebol como na sociedade em geral.
– O futebol é um reflexo da sociedade e nosso esporte se vê ofuscado por problemas como o racismo. Dizemos não ao racismo e, ao mesmo tempo, sim a valores básicos do jogo como solidariedade, respeito e tolerância. O racismo não tem lugar no futebol – disse o presidente da Fifa, o suíço Joseph Blatter.
Esta será a oitava edição do chamado “Dia contra a discriminação”, promovido pelo entidade máxima do futebol mundial. A primeira foi em 7 de julho de 2002, um ano depois de a medida ser adotada após um congresso em Buenos Aires.
– Aceitei o desafio de me unir à Fifa para formar uma frente comum contra a discriminação racial, como sul-africano e como alguém que luta pela liberdade no mundo todo. Esta iniciativa não resolverá o problema geral, mas é uma mensagem clara – acrescentou Tokyo Sexwale, ministro da Habitação da África do Sul e ativista pró-direitos humanos.
Quem também apoiou a iniciativa foi o ex-jogador inglês Paul Elliott, hoje embaixador da organização Fare (Futebol Contra o Racismo na Europa, em inglês). Para ele, iniciativas como esta trouxeram avanços, mas seria preciso “uma política de tolerância zero e um sentimento de responsabilidade coletiva entre todos os envolvidos”.
– O futebol pode ser um instrumento poderoso para unir as pessoas e estes dias contra a discriminação são uma maneira de estabelecer uma base sólida para avançarmos – completou.
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