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 | 02/03/2009 03h50min

Fernando Carvalho exigiu a taça que leva seu nome

Nos vestiários, dirigentes, jogadores e técnicos foram sabatinados sobre o que viram em campo

Guilherme Fister  |  guilherme.fister@zerohora.com.br

A missão de evitar, para o chefe, o embaraço de entregar a taça a Tcheco virou pauta no vestiário do Inter desde sexta-feira. Os jogadores ressaltaram que havia obrigação moral de ganhar a Taça Fernando Carvalho. Ninguém queria ver o presidente que conquistou os maiores títulos do Inter passar por tamanho constrangimento no Beira-Rio, no ano do centenário. O próprio Carvalho contou, depois da partida, a conversa da semana com o grupo:

– Perguntei: “Qual o nome deste campeonato”? “Gauchão”, responderam alguns. E eu disse: “Não. É Taça Fernando Carvalho”.

Como não podia ser diferente, os jogadores correram para homenagear Carvalho assim que Leonardo Gaciba apitou o fim do jogo. Levantaram-no e o atiraram para o alto. Em seguida, acompanhado do amigo e presidente do Clube dos 13, Fábio Koff, Carvalho entregou a taça para Guiñazu. O pequeno palco improvisado, que provavelmente esperava apenas o peso do volante, se desmontou após os pulos de comemoração. Apenas um susto. Uma pausa para seguir a comemoração.

Depois de passar pelas mãos dos jogadores, Carvalho seguiu sendo festejado por funcionários, dirigentes e conselheiros do Inter. Enquanto posava para fotos, distribuía autógrafos e concedia entrevistas, os jogadores davam a volta olímpica, saudados pela torcida. A taça passou de mão em mão. O meia Marinho, vestido de jeans e camiseta branca, pegou-a e saiu correndo para perto da torcida. Foi confundido com torcedor para quem assistia à cena.

Um pouco mais tarde, ao sair do vestiário, Carvalho foi aplaudido pelos torcedores. Explicou que a comemoração foi entusiasmada porque a equipe precisa ganhar tudo no ano do centenário. Disse que o clube avança em 2009 devagar, “comendo o mingau pelas beiradas”. E provocou o rival após mais uma vitória em clássicos:

– Li em algum lugar ou ouvi não sei de quem que essa terra tem dono. É o Inter.

Carvalho estava aliviado. Depois de 48 horas preocupado com o destino da taça que leva o seu nome, enfim respirava aliviado.

ZERO HORA
 

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