O ex-jogador Escurinho, ídolo de Inter e Palmeiras nos anos 70, está internado no Hospital de Clínicas de Porto Alegre e vai se submeter a uma cirurgia para amputar parte da perna direita. Antes disso, os médicos precisam debelar um problema clínico mais grave. Nesta quinta-feira, ele chegou a respirar com a ajuda de aparelhos.

Aos 59 anos, Luiz Carlos Machado enfrenta sérias complicações provocadas principalmente por insuficiência renal e diabetes. Nos últimos dias, ele vem se submetendo a tratamentos para regularizar o funcionamento do sistema vascular. Mas, agora, a situação se agravou e os médicos não encontram outra solução que não seja o corte logo abaixo do joelho.

— Ele já tinha passado por uma revascularização, mas não foi o suficiente para controlar o problema, por isso decidimos pela amputação — explicou o cirurgião vascular Ricardo Berger Soares, do Clínicas.

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Escurinho jogou no mesmo time multicampeão do Inter que exibia craques como Falcão, Carpegiani, Figueroa e Valdomiro e se consagrou por entrar ao final das partidas e decidir com gols de cabeça. É considerado o maior cabeceador dos 100 anos de clube e um dos maiores da história do futebol gaúcho. No período de 70 a 77, tornou-se heptacampeão gaúcho e bicampeão brasileiro.

O caso de Escurinho lembra o destino de Sérgio Galocha, por ironia, outro meia-atacante do mesmo time do início dos anos 70, ambos sob a orientação dos técnicos Daltro Menezes e Dino Sani, até 1973. Sergio perdeu parte da perna, conseguiu estabilizar a doença e hoje usa prótese.