Taison e Nilmar fizeram 25 dos 59 gols do Inter no Gauchão. Ou seja, o equivalente a 42% da produção ofensiva do time saíram dos pés ou das cabeças deles. Tanta eficiência levou-os à disputa particular pelo título de goleador do campeonato na decisão de domingo, contra o Caxias, no Beira-Rio.

Afinados em campo, eles driblam perguntas embaraçosas sobre o assunto. Nilmar precisa fazer três gols para chegar aos 14 do companheiro. A pergunta é direta: quem será o dono da chuteira de ouro do Gauchão?

– Nem penso nisso. Ela já está em boas mãos – garante Nilmar.

– Ele (Nilmar) vai fazer só dois na final e me deixar como artilheiro (risos) – completa Taison.

O bom humor da dupla no pátio do Beira-Rio, ontem, era reflexo da excepcional fase. Dos 14 gols marcados por Taison, cinco foram com passes de Nilmar. Dos 11 de Nilmar, quatro tiveram a ajuda de Taison.

Para Nilmar, a boa fase é fruto da confiança. O centroavante lembra que Taison despontou no Gre-Nal do primeiro turno do Brasileirão.

– É o ano dele (Taison), né? É um dos melhores atacantes do Brasil.

Na hora de devolver o elogio e enaltecer o companheiro, Taison suspira e abre um sorriso. Afinal, está ao lado do do ídolo:

– Ele conversa comigo toda hora, me ajuda. Não tem o que falar de um cara que passou por cirurgias nos dois joelhos e está jogando muito