Carnaval 2011 | 13/03/2011 10h48min
Se a noite de sábado era dedicada às campeãs, o amanhecer de ontem foi todo da Estado Maior da Restinga. Às 6h10min, com o sol brilhando, a comunidade da Zona Sul cobriu a passarela do samba de vermelho, verde e branco num desfile empolgante e inesquecível.
A Tinga entrou literalmente correndo na avenida, mas não teve pressa de ir embora. A bateria nota dez, chefiada por mestre Guto, antes mesmo do aquece correu pela passarela, sambou no recuo, jogou a fantasia para a torcida, e deu o tom do desfile marcado pela participação do povo, que desceu da arquibancada e fez a festa com a escola. O último acorde foi ouvido por volta das 7h30min.
- Esse é um presente de Deus para a Restinga (o campeonato) e fico feliz por fazer parte dessa comunidade de guerreiros - disse o intérprete Wander Pires, duplamente campeão (Restinga e Vai-Vai, em São Paulo).
Se o quesito evolução fosse considerado na manhã de ontem, assim como o tempo de desfile marcado no cronômetro, a Estado Maior da Restinga perderia muitos pontos. Mas era dia de lavar a alma e cantar o samba que levou Mandela para o Carnaval de Porto Alegre no enredo "A Restinga Multirracial celebra a África de Mandela na festa do Carnaval".
Na apresentação, Antonio Ricardo Silveira, o Chula, e sua parceira Priscila Souza de Abreu mostraram na avenida o porquê das três notas dez que receberam no quesito mestre-sala e porta-bandeira. Emocionado, o casal se entendia pelo olhar e exibia o pavilhão com o orgulho característico do povo da Restinga.
Se o objetivo da escola era buscar os dois décimos dolorosos que a afastaram do título no ano passado, sobrou muito mais que os 1,7 pontos apontados pelos jurados: a prova de que, realmente, Tinga, o teu povo te ama.
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