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Bush apresenta megaorçamento militar para 2003

Justificando-se na nova realidade que os Estados Unidos enfrentam desde os atentados terroristas de 11 de setembro, o presidente dos Estados Unidos, George W. Bush, enviou ao Congresso nesta segunda-feira, dia 4, sua proposta de orçamento para o ano fiscal de 2003, que prevê um aumento de US$ 48 bilhões nos gastos militares – quase 20% do montante total. Trata-se do maior orçamento destinado às forças armadas americanas nos últimos 20 anos. 

Para sublinhar a importância que atribui à aprovação da proposta, o presidente amanheceu na base área de Englin, na Flórida, para mobilizar apoio para o aumento dos gastos militares.

Pelo documento de mais de 500 páginas distribuidas em três volumes encapados com badeiras americanas, o governo americano terá US$ 2,13 trilhões para gastar a partir do mês de outubro – um aumento de 3,7% em relação ao atual orçamento. Esse montante, que cobre apenas as despesas com a máquina da administração federal, é três vezes maior do que o Produto Interno Bruto do Brasil e igual ao da Alemanha, que é a terceira maior economia do planeta. Do valor total, quase US$ 38 bilhões seriam gastos em segurança interna: do treinamento da polícia para ações antiterrorismo ao aprimoramento da vigilância nos aerportos, passando pela dotação de verbas-recorde para a prevenção e o combate ao bioterrorismo.

O aumento dos gastos militares e de segurança seria contrabalançado por cortes nas áreas de educação, saúde, meio-ambiente e infra-estrutura, como investimentos em estradas. Caso se efetive, o aparato militar mais poderoso do mundo vai passar a contar com uma nova geração de armas, ainda mais letais, ágeis e precisas que as atuais. O novo projeto de gastos enviado ao Congresso incluiu US$ 7,8 bilhões de dólares para um programa de pesquisa, desenvolvimento, teste e aquisição que visa instalar um escudo antimíssil rudimentar no Alasca já no começo de 2004. O escudo afastaria a ameaça representada por mísseis com cargas químicas, biológicas ou nucleares que, segundo os EUA, poderiam ser lançados por países como a Coréia do Norte, o Iraque e o Irã.


 

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