Teve a prisão do doleiro Alberto Youssef em 17 de março de 2014. As investigações começaram em 2009, a partir de investigações relacionadas ao ex-deputado José Janene (PP-PR) sobre lavagem de dinheiro. Foram 24 presos em uma ação em seis Estados e no DF.
POLÍCIA FEDERAL, DIVULGAÇÃO, BD, 17/03/2014
Parte mais explosiva da Lava-Jato, a investigação que envolve políticos é feita por outra força-tarefa montada pela Procuradoria-Geral da República (PGR). A apuração é em relação a pessoas que só podem ser julgadas pelo Supremo Tribunal Federal (STF) por terem foro privilegiado, como deputados e senadores, ou pelo Superior Tribunal de Justiça (STF), como governadores.
MARCOS ARCOVERDE, ESTADÃO CONTEÚDO, BD, 20/03/2014
São apreendidos documentos na sede da Petrobras em 11 de abril. No total, são seis mandados de busca, três de prisão temporária e seis de condução coercitiva. Entre os papéis coletados, alguns reforçam o vínculo entre Paulo Roberto Costa e Alberto Youssef.
GERALDO FALCÃO, PETROBRAS, DIVULGAÇÃO
Em 11 de junho, são cumpridos um mandato de busca e outro de prisão preventiva, novamente de Costa, sob a justificativa de que poderia fugir. Ele havia sido solto em 19 de maio.
DANIEL CASTELLANO, ESTADÃO CONTEÚDO, BD, 19/05/2014
É preso, no dia 1o de julho, em São Paulo, João Procópio Junqueira Pacheco de Almeida Prado, suspeito de gerenciar na Suíça as contas do doleiro Alberto Youssef.
Pessoas ligadas a Paulo Robero Costa são o alvo da vez. Em 22 de agosto, são cumpridos 15 mandados de busca e um de condução coercitiva. Todos no Rio de Janeiro.
É a mais rumorosa. Em 14 de novembro, são seis prisões preventivas, 21 temporárias, nove mandados de condução coercitiva e outros 49 de busca. Entre os presos, estão executivos de grandes empreiteiras, o lobista Fernando Baiano e o ex-diretor da Petrobras Renato Duque.
GERALDO BUBNIAK, ESTADÃO CONTEÚDO, BD, 19/11/2014
No dia 15 de janeiro deste ano, é detido no Rio, ao chegar de Londres, o ex-diretor internacional da Petrobras Nestor Cerveró. Ele estaria transferindo bens para familiares. Cerveró já era suspeito de receber propina na compra da refinaria de Pasadena.
JONATHAN CAMPOS, ESTADÃO CONTEÚDO, BD 14/01/2015
Onze operadores do esquema de propina, próximos a Renato Duque, são alvos da operação. Um desses operadores seria João Vaccari Neto, tesoureiro do PT. São 26 empresas envolvidas. A maioria atuava como fachada em contratos com a estatal.
A Polícia Federal prendeu novamente o ex-diretor de Serviços da Petrobras Renato Duque e o doleiro Adir Assad, considerado um dos maiores do País. Simultaneamente, o Ministério Público Federal denunciou 27 pessoas, incluindo o tesoureiro do PT João Vaccari Neto. Agentes da PF ainda cumpriram quatro mandados de prisão temporária e 12 de busca e apreensão.
Em abril, a 11ª fase da Operação Lava-Jato, chamada de A Origem, investigou a corrupção na Caixa Econômica Federal e no Ministério da Saúde. A Polícia Federal prendeu o ex-deputado André Vargas, suspeito de comandar um esquema para desviar recursos da publicidade oficial dos órgãos. Ainda foram presos os ex-deputados Luiz Argôlo (ex-PP), Pedro Corrêa (PP-PE), Leon Vargas, irmão de André Vargas, Elia Santos da Hora, secretária de Argôlo, Ivan Torres, apontado como laranja de Corrêa, e Ricardo Hofman, diretor de agência de publicidade.
Além da corrupção na Petrobras, a Operação Lava-Jato investiga obras do setor elétrico, podendo avançar, ainda, sobre o Departamento Nacional de Infraestrutura de Trânsito (Dnit).
Foi marcada pela prisão do tesoureiro do PT, João Vaccari Neto, no dia 14 de abril de 2015. Vaccari , que é investigado por envolvimento no esquema de corrupção, foi preso em sua casa, em São Paulo. Ele foi citado nas delações premiadas do doleiro Alberto Youssef e do ex-gerente da estatal Pedro Barusco como operador do partido no esquema de desvios, o tesoureiro seria o responsável por recolher a propina cobrada pela diretoria de serviços da Petrobras.
Foram cumpridos seis mandados judiciais – quatro de busca e apreensão, um de condução coercitiva e um de prisão preventiva no dia 21 de maio de 2015. O empresário Milton Pascowitch, apontado como um dos operadores de propina na Diretoria de Serviços da Petrobras, foi preso. Ele prestava serviços para a Engevix, empresa de construção naval. Investigadores da Operção Lava-Jato também apuraram que Pascowitch repassou dinheiro para a JD Consultoria, propriedade do ex-chefe da Casa Civil José Dirceu.
A Polícia Federal cumpriu 12 mandados de prisões preventivas e temporárias, além de 38 buscas e apreensões em São Paulo, Rio de Janeiro, Minas Gerais e Rio Grande do Sul. Foram presos os presidentes das empreiteiras Odebrecht, Marcelo Odebrecht, e Andrade Gutierrez, Otávio Azevedo. As duas das maiores empreiteiras do País são suspeitas de corrupção e cartel.
A Polícia Federal cumpriu quatro mandados de busca e apreensão, três no Rio de Janeiro e um em Niterói. Também na capital carioca foi efetuada a prisão preventiva de Jorge Zelada, ex-diretor da área Internacional da Petrobras. Ele sucedeu no cargo a Nestor Cerveró, outro que está detido em decorrência das apurações da operação Lava-Jato.
O foco desta etapa da investigação foi o pagamento de propinas na diretoria Internacional da Petrobras. Zelada mantinha 11,6 milhões de euros em uma conta secreta em Mônaco, em nome de uma offshore controlada por ele. Os investigados são suspeitos de terem cometido os crimes de corrupção, fraude em licitação, desvio de verba pública, evasão de divisas e lavagem de dinheiro.
Chamada de Operação Radioatividade, a 16ª fase da Lava-Jato investiga irregularidades em contratos firmados entre empresas com a Eletronuclear para a construção de Angra 3. Nesta fase, a PF cumpriu 23 mandados de busca e apreensão, cinco conduções coercitivas e duas prisões temporárias. Foram presos o presidente licenciado da Eletronuclear, o almirante Othon Luiz Pinheiro da Silva, e o presidente global da Andrade Gutierrez, Flávio Barra. Segundo as investigações, o almirante teria recebido mais de R$ 4,5 milhões em propina das empresas Andrade Gutierrez e Engevix, em um esquema de cartas marcadas em licitações.
A 17ª fase da Lava-Jato cumpriu três mandados de prisão preventiva, cinco de prisão temporária e seis de condução coercitiva em Brasília, Rio de Janeiro e São Paulo. Entre os presos preventivamente está o ex-ministro da Casa Civil José Dirceu e seu irmão e sócio, Luis Eduardo. Condenado no processo do mensalão, o ex-ministro movimentou, dentro de sua empresa JD Consultoria, R$ 71,4 milhões desde 2007, segundo a investigação, usando laranjas para realizar operações ilegais.
Batizada de Pixuleco II, a 18ª fase da Lava-Jato prendeu o ex-vereador do PT em Americana (SP) Alexandre Romano e cumpriu 10 mandados de busca e apreensão em Brasília, São Paulo, Curitiba e Porto Alegre. Trata-se de uma continuação da 17ª fase e se iniciou a partir dos depoimentos de delação premiada do lobista e um dos operadores do esquema de corrupção na Petrobras, Milton Pascowitch. A Pixuleco II atingiu um grupo que teria movimentado ilicitamente R$ 50 milhões em contratos relacionados ao Ministério do Planejamento, e há suspeita de que parte do dinheiro tenha sido desviado para campanhas do PT. Segundo as investigações, Romano é o operador de propinas para o PT que antecedeu Pascowitch.
1ª etapa
Polícia Federal (PF) e Ministério Público Federal (MPF) formaram uma força-tarefa e investigaram de forma integrada os desvios, em sintonia com a Justiça Federal. Desde o início, um grupo de delegados da PF e sete procuradores do MPF no Paraná trabalharam de forma articulada. O usual é que as três esferas não atuem de forma tão harmônica.
2ª etapa
Parte mais explosiva da Lava-Jato, a investigação que envolve políticos será feita por outra força-tarefa montada pela Procuradoria-Geral da República (PGR). O grupo será comandado por um gaúcho, o procurador Douglas Fischer. A partir deste mês, será intensificada a apuração em relação a pessoas que só podem ser julgadas pelo Supremo Tribunal Federal (STF) por terem foro privilegiado, como deputados e senadores, ou pelo Superior Tribunal de Justiça (STF), como governadores.
1ª etapa
Operadores do esquema de corrupção que sangrou a Petrobras, empreiteiros e ex-diretores da estatal serão julgados na 13ª Vara Criminal Federal de Curitiba, comandada pelo juiz Sergio Moro. O magistrado é especializado em casos de lavagem de dinheiro. Foi ele quem concedeu ordens de prisão dos suspeitos e quem conduz a instrução do processo e os depoimentos. Para especialistas, Moro está conseguindo evitar erros e armadilhas que possam acabar prejudicando o processo e livrando os envolvidos.
2ª etapa
O julgamento de políticos com foro privilegiado, como deputados, senadores e ministros, será no Supremo Tribunal Federal (STF), tendo o ministro Teori Zavascki como relator. Durante o período de recesso do Judiciário, Zavascki decidiu dividir em 42 partes os depoimentos prestados por Paulo Roberto Costa e Alberto Youssef nas delações premiadas devido à menção de autoridades que só podem ser julgadas pelo STF. Especula-se que mais de 30 nomes de políticos tenham sido citados.