Arte Brasileira na Ditadura Militar
O livro examina o viés político e o caráter inovador de três nomes referenciais da arte contemporânea no país
Artur Barrio
Realizou intervenções em espaços públicos usando lixo, detritos e materiais em putrefação. Para denunciar os desaparecidos e os mortos pela ditadura, espalhava trouxas ensanguentadas pelas ruas – eram panos que embrulhavam ossos e carne de animais.
Cildo Meireles
Usou práticas conceituais e símbolos capitalistas como cédulas de dinheiro e garrafas de Coca-Cola para se apropriar de seus sistemas de circulação e difundir mensagens de contrapropaganda ao regime, como a pergunta sobre a morte do jornalista Vladimir Herzog.
Antonio Manuel
Usou o próprio corpo nu em performances de protesto e crítica contra o autoritarismo e a arbitrariedade. O artista também fez uma série de trabalhos manipulando jornais para promover a circulação de notícias sobre violência e repressão e, assim, expor a censura.