Em busca do Oscar

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Os prêmios prévios indicam vitória de Birdman, mas o grande filme da temporada, em Hollywood, foi Boyhood.
Vitórias nos sindicatos dos produtores e dos diretores encaminham Birdman à consagração, embora Boyhood seja um projeto muito superior.
Boyhood é melhor do que Birdman, porém as últimas premiações apontam o longa estrelado por Michael Keaton como favorito.
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Acho que vai dar Alejandro González Iñárritu, mas quem fez o trabalho mais significativo foi Richard Linklater.
Páreo duro, com tendência a dar Alejandro Iñárritu, de Birdman, mas é Linklater, com Boyhood, o literal filme de uma vida, o franco merecedor da estatueta.
Se Birdman levar o prêmio de melhor filme, entregar a estatueta de direção a Richard Linklater faria justiça ao grandioso projeto arquitetado pelo cineasta.
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O trabalho de Benedict Cumberbatch, em O Jogo da Imitação, é mais rico em sutilezas, mas a tentação de premiar Eddie Redmayne, por A Teoria de Tudo, deve prevalecer.
A Academia prestigia empenho físico como o do, até aqui, pouco conhecido Eddie Redmayne, de A Teoria de Tudo, e deve chancelar seu favoritismo. O que não seria nada injusto.
Páreo duro, com vantagem para Eddie Redmayne, cuja impressionante transformação física para encarnar o físico Stephen Hawking já foi reconhecida pelo prêmio do sindicato dos atores.
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Está mais do que na hora de Julianne Moore ganhar seu Oscar por Para Sempre Alice. Até porque seu trabalho é o melhor entre as cinco indicadas.
Julianne Moore deve ter ratificada a vitória anunciada em premiações prévias, coroando, com Para Sempre Alice, a trajetória de uma das melhores atrizes de sua geração, já laureada em Cannes e Berlim.
Talvez a maior barbada desta edição, Julianne Moore destaca-se da concorrência, já tendo levado o Globo de Ouro e o prêmio dos atores pelo papel de uma mulher com Alzheimer.
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Não tem como não dar J.K. Simmons. E não tem como dizer que o prêmio para o ator de Whiplash terá sido uma injustiça.
J.K. Simmons, de Whiplash, é mais do que um coadjuvante em cena, com presença que justifica seu favoritismo – e esperada vitória – neste grupo da morte.
Outra disputa concorrida, mas J. K. Simmons deve repetir o êxito de premiações como o Globo de Ouro graças a uma atuação que flerta com o protagonismo em Whiplash.
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Será injusto se Boyhood ficar apenas com este prêmio, para Patricia Arquette. Ela merece. E, ao que tudo indica, vai ganhar.
A sombra da diva Meryl Streep não deve alcançar a larga vantagem de Patricia Arquette na disputa. Tomara que não seja o prêmio de consolação para Boyhood.
Manter a coerência dramática do personagem durante 12 anos de filmagem é apenas uma das qualidades que credenciam a favorita Patricia Arquette ao troféu – que nem Meryl Streep deve tirar dela.
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Original: Costuma ser um troféu consolação para um filme “pequeno”. Ou seja, Boyhood ou O Grande Hotel Budapeste. Em ambos os casos, estará bem entregue.

Adaptado: O Jogo da Imitação e A Teoria de Tudo são os piores entre os indicados. Mas um deles deve ganhar. Sou mais Sniper Americano.
Original: A vitória no sindicato dos roteiristas credencia O Grande Hotel Budapeste nesta terceira indicação de Wes Anderson na categoria, com Birdman correndo por fora.

Adaptado: O Jogo da Imitação também ganhou no sindicato dos roteiristas, mas aqui a briga não parece favas contadas. A Teoria de Tudo, por exemplo, é bem melhor nesse quesito.
Original: Qualquer dos outros concorrentes tem mais substância do que o superestimado O Grande Hotel Budapeste, mas o inexplicável encanto que Wes Anderson desperta deve garantir-lhe o prêmio.

Adaptado: A turma dos roteiristas já premiou O Jogo da Imitação, sinalizando que a produção pode bisar o troféu no domingo. Sniper Americano e A Teoria de Tudo, no entanto, têm roteiros mais bem construídos.