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A cotação deve flutuar conforme os sinais emitidos por Donald Trump. Caso se confirme o fechamento de fronteiras e a imposição de barreiras comerciais, é provável que grandes investidores passem a dar prioridade a outras moedas fortes, como o euro e o iene. Na prática, isso significa que o dólar poderá perder valor em relação a elas, mas deverá continuar valorizado em comparação com o real.
O primeiro movimento das principais bolsas de valores no mundo foi de queda, refletindo o que os especialistas chamam de "aversão ao risco". Motivo: apesar do tom mais moderado do discurso da vitória, bem recebido por investidores, Trump ainda é encarado com desconfiança pelo mercado.
O futuro é incerto: se ele decidir colocar em prática ideias protecionistas defendidas na campanha, países como o Brasil, que começam a registrar sinais de retomada, poderão acabar prejudicados.
Na campanha, Trump falou abertamente em fechar fronteiras. A questão, agora, é saber se manterá o discurso. Até 20 de janeiro, data da posse, nada muda na concessão de vistos. O mesmo vale para o consulado americano em Porto Alegre. Depois disso, especialistas não descartam a possibilidade mudanças, mas elas não dependerão apenas da vontade do presidente eleito.
Eventuais alterações dependem de acordo prévio e de aprovação no Congresso. Se Trump decidir mudar o sistema unilateralmente, o governo atingido pode, em teoria, adotar a mesma medida.
Fonte: Valter Bianchi, sócio da Fundamenta Investimentos, Alexandre Wolwacz, sócio do Grupo L&S, e Fabiano Mielniczuk, professor de Relações Internacionais da ESPM-Sul.