21 de outubro de 2015
Cunha recebe pedido
Parlamentares da oposição entregam
ao então presidente da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha, pedido
de impeachment de Dilma Rousseff elaborado pelos juristas Hélio Bicudo,
Miguel Reale Jr. e Janaína Paschoal.
2 de dezembro de 2015
ABERTURA DE PROCESSO
Em entrevista coletiva, Eduardo Cunha
anuncia que aceitou o pedido de abertura de processo de impeachment de Dilma. Segundo Cunha, o pedido é fundamentado em denúncias de irregularidades cometidas pela presidente.
No mesmo dia, Dilma nega "atos ilícitos"
em sua gestão e afirma que recebeu com "indignação" a decisão do peemedebista.
7 de dezembro de 2015
CARTA DO "VICE DECORATIVO"
O vice-presidente, Michel Temer, envia
carta à presidente Dilma em que aponta "fatos reveladores" da desconfiança que o governo possui em relação a ele e ao PMDB. Na carta, Temer diz se tratar de um "desabafo que já deveria ter feito há muito tempo". - Passei os quatro primeiros anos
de governo como vice decorativo - escreve Temer.
4 de março de 2016
Lula depõe na Lava-Jato
A crise no governo se agrava com a deflagração
da 24ª fase da Operação Lava-Jato, que chega
a Lula. O ex-presidente presta depoimento
no Aeroporto de Congonhas por mais de três horas. Em seguida, no diretório do PT em São Paulo
diz ser alvo de uma operação midiática.
13 de março de 2016
3 milhões protestam contra o governo
Manifestações, conforme os números divulgados pela Polícia Militar, reúnem pelo menos 3,3 milhões de pessoas pelo país, com atos em todos os 26 Estados e no Distrito Federal, somando 257 cidades. São Paulo sedia o maior deles. De acordo com a PM, 1,4 milhão de pessoas vão à Avenida Paulista.
16 de março de 2016
Lula ministro e escutas divulgadas
No começo da tarde, o Palácio do Planalto anuncia, por meio de nota oficial, a nomeação de Lula para o cargo de ministro da Casa Civil. Ao final da tarde, o juiz Sergio Moro retira o sigilo de interceptações telefônicas do ex-presidente feitas durante a 24ª fase da Lava-Jato. As conversas incluem um diálogo entre ele e Dilma em que os dois preparam um "termo de posse" a ser assinado.
18 de março de 2016
Manifestação com
Lula na Paulista
Em dia de intensa mobilização a favor
do governo, a Avenida Paulista, em São Paulo, recebe milhares de pessoas em ato contra
o impeachment de Dilma e em apoio a Lula.
Sob gritos de "olê olê olê olá, Lula, Lula",
o ex-presidente é ovacionado ao chegar
à Paulista. O tom do discurso é conciliador.
17 de abril de 2016
Decisão da Câmara
O impeachment de Dilma Rousseff
é admitido na Câmara, por um placar
de 367 favoráveis, 137 votos contra,
7 abstenções e apenas 2 abstenções.
Coube ao deputado tucano Bruno Araújo, de Pernambuco, registrar o voto 342 por volta das 23h, completando os dois terços necessários para admitir o processo
de destituição e enviá-lo ao Senado.
12 de maio de 2016
Senado aprova abertura de processo
Após mais de 20 horas de sessão, às 6h38min, o Senado aprova, por 55 votos a 22, a abertura do processo
de impeachment contra Dilma, que é afastada.
Depois de um pronunciamento, Dilma sai pela entrada administrativa do Planalto, abaixo da rampa,
e se encontra com o ex-presidente Lula. No mesmo dia, Michel Temer toma posse como presidente interino.
31 de agosto de 2016
Dilma Rousseff
é afastada em definitivo
Às 13h35min desta quarta-feira, Dilma Vana Rousseff passa a integrar a galeria de ex-presidentes da República. Considerada culpada por crime de responsabilidade pelo voto de 61 senadores,
a primeira mulher a governar o país é destituída
do cargo 28 meses antes do final do segundo mandato. Outros 20 votam a seu favor, oito a menos
do que o mínimo necessário para absolvê-la.