Dor, ardor e um formigamento na região são os primeiros sintomas antes do aparecimento das erupções. Depois, surgem pequenas bolinhas em formato de cacho de uva.
No segundo estágio, essas bolinhas se rompem e dão lugar a pequenas crostas. Na região genital, pode ser identificada pela dor durante a relação sexual. Esse processo dura entre três e 10 dias e se cura espontaneamente. Em crianças, as lesões orais podem ser iguais a aftas, por isso, o diagnóstico médico é importante.
Herpes simples tipo 2: evite relação sexual no período de manifestação do vírus. O uso de preservativo pode ajudar, mas não oferece garantia, afinal, a ferida pode estar em um local desprotegido.
Herpes tipo 1: é imprescindível não compartilhar objetos de uso pessoal com quem está apresentando os sintomas da doença e evitar beijá-la. Lavar as mãos e não tocar nas feridas é outra medida fundamental.
Herpes zoster: relacionada à catapora, pode ser prevenida na infância tomando a vacina. Se o indivíduo teve catapora, pode prevenir a herpes zoster tomando uma vacina, que protege em até 80%. Ela é indicada para pessoas acima dos 50 anos.
A herpes zoster não é transmitida entre pessoas, no entanto, quem nunca teve catapora na infância mas entrar em contato com alguém que esteja em crise de herpes zoster pode adquirir a catapora.
Não há cura, embora seja possível tratar os surtos com antivirais receitados por um médico, dependendo do caso. Limpar as feridas com água, sabão e antissépticos ajuda. No caso do herpes zoster, o tratamento é feito com antivirais, analgésicos e compressas frias na fase aguda. Evite tratamentos caseiros.
Consequências
Embora não seja uma doença grave, a herpes pode, raramente, evoluir para complicações como erupção variceliforme, que é quando a herpes se espalha pela pele, infecção do olho ou traqueia, meningite, encefalite e pneumonia.
Como conviver com a doença
Uma pessoa pode ter o vírus sem que ele nunca se manifeste. Nos casos com manifestações clínicas, não há um padrão para que ocorram os episódios.
Fatores como baixa imunidade, estresse e exposição excessiva ao sol podem servir de gatilho para as crises. Entretanto, é possível conviver com a doença sem maiores problemas, bastando tomar cuidados para prevenir as recorrências.
COMO IDENTIFICAR
COMO PREVENIR
COMO TRATAR
Primeira infecção
Depois de contrair o vírus pela primeira vez, podem aparecer sintomas como febre, cefaleia, aumento dos gânglios e até infecção no trato respiratório.
Em 90% dos casos, os sintomas não aparecem.
Depois disso, o vírus fica em estado de latência no organismo sendo reativado por fatores como imunidade baixa, períodos de estresse, exposição solar prolongada e período menstrual.
Herpes tipo 1
Mais comum
na região oral
Herpes zoster
Mais comum na região das costelas, é caracterizada por uma faixa contínua de bolinhas. Manifesta-se mais em idosos.
Na herpes zoster, a primeira manifestação é a catapora. Ao passar dos anos, com a queda da imunidade, ele pode aparecer novamente.
Herpes tipo 2
Mais frequente na região genital
Contágio
O vírus é encontrado nas lesões, na saliva, no sêmen e nas secreções vaginais.
A transmissão se dá pelo contato direto das lesões com a pele ou a mucosa de uma pessoa
não infectada.
Podem ser vias
de transmissão
Beijo
Talheres
(quando usados na mesma hora)
Batom
Copos
Toalhas
(quando usados na mesma hora)
Relação sexual
Vias sem risco
de transmissão
Vaso sanitário
Doação de sangue
Fonte: Aldejane Rodrigues, coordenadora do Departamento de Doenças Infecciosas e Parasitárias da Sociedade Brasileira de Dermatologia e Angela Piccoli Ziegler, médica infectologista do Hospital Moinhos de Vento