Sintomas
O principal sinal
é a crise epilética,
provocada pela atividade
irregular dos neurônios. A crise pode ser leve,
causando apagões momentâneos (como chegar
a um lugar sem saber como), ou aguda, provocando convulsões. No caso mais grave, a pessoa perde a consciência e cai, podendo se debater durante o episódio. Quando retoma a consciência, após cerca de dois minutos, o paciente normalmente sente-se confuso e com forte dor de cabeça.
Diagnóstico
É feito por um neurologista, por meio
de avaliação clínica e do histórico do
paciente. Também podem ser feitos
exames complementares como
eletroencefalograma e
ressonância magnética.
Causas
Médicos costumam dizer que a epilepsia é uma ”segunda doença”, por estar sempre associada a outra. Entre os problemas que causam epilepsia estão alterações genéticas, convulsões febris na infância, malformações cerebrais, falta de oxigenação durante a gestação ou ao nascer, infecções cerebrais nos primeiros dias de vida (como meningite), tumores, traumas, AVC e Alzheimer. Estima-se que 15% das pessoas que tiveram AVC tenham epilepsia.
A prevenção da epilepsia passa por evitar as doenças que podem causá-la. Na infância, pode ser feita por meio de pré-natal, parto e pós-parto com acompanhamento médico. Traumas podem ser prevenidos com o uso de itens de segurança nos veículos, no trabalho e na prática esportiva, como capacete. Já o AVC pode ser prevenido com o controle da alimentação, da hipertensão e da glicose.
Convivendo com a doença
Quando as crises estão controladas, as pessoas podem ter uma vida normal. No entanto, quando as crises são frequentes, os médicos normalmente não recomendam que os pacientes dirijam ou façam sozinhos atividades que podem causar acidentes, como cozinhar, entrar na água e frequentar lugares altos.
Como ajudar alguém durante uma crise epiléptica?
Em caso de crise leve, quando a pessoa apresenta um “apagão”, é preciso evitar que ela se machuque. Se o paciente estiver atravessando a rua ou cozinhando, por exemplo, precisará de ajuda para terminar de cruzar a faixa ou desligar o fogão.
Se a crise for convulsiva, é preciso evitar que a pessoa se afogue com secreções e se machuque enquanto estiver se debatendo. Primeiro, vire a cabeça dela para o lado e segure firme. Depois, tente mantê-la em
uma posição confortável para evitar
lesões nos membros.
A maior parte das crises epilépticas dura até dois minutos. Após esse tempo, é preciso acionar atendimento médico.
Como a doença não tem cura, o tratamento da epilepsia tem o objetivo de controlar as crises, e é feito por meio de medicamentos. Cerca de 70% dos pacientes conseguem ter as crises controladas com o uso de remédios. Para os outros 30%, a necessidade de cirurgia é avaliada. O procedimento é indicado quando consegue-se identificar o foco epiléptico a
ser retirado.
COMO IDENTIFICAR
COMO PREVENIR
COMO TRATAR
Fontes: André Palmini, professor de neurologia da PUCRS e diretor clínico do Programa de Cirurgia da Epilepsia do Hospital São Lucas, e José Augusto Bragatti, neurologista coordenador do Grupo de Epilepsia do Hospital Moinhos de Vento.