A queda do avião que levava a delegação da Chapecoense e jornalistas para Medellín matou 71 pessoas na Colômbia na madrugada de terça-feira.
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A delegação da Chapecoense decolou do Aeroporto de Guarulhos, em São Paulo, para Santa Cruz de la Sierra, na segunda-feira, às 15h15min, em um voo comercial da Companhia Boliviana de Aviación (BoA). O clube teve de fazer escala porque o voo fretado pela companhia LaMia, com sede na Venezuela e que opera na Bolívia, não recebeu autorização da Agência Nacional de Aviação Civil (Anac), com base no Código Brasileiro de Aeronáutica e na Convenção de Chicago – somente companhias que têm base no país de origem ou de destino podem operar voos fretados.
O Avro RJ85 da LaMia, fabricado pela empresa inglesa British Aerospace, decolou do Aeroporto Internacional Viru Viru, em Santa Cruz de la Sierra, às 20h13min de Brasília (18h13min no horário local), com 77 pessoas a bordo, 68 passageiros e 9 tripulantes.
De acordo com dados do Flight Radar 24,
site que acompanha o tráfego aéreo
mundial, o avião estava a pouco mais de 30 quilômetros do Aeroporto Internacional José Maria Córdova, em Medellín, quando teve de percorrer duas órbitas (voltas) a uma altitude de 6,4 mil metros, a uma velocidade média de 460 km/h.
• A autonomia do Avro RJ85 é de
3.092 quilômetros. A distância entre Santa Cruz de la Sierra e o aeroporto na região metropolitana de Medellín é de 2.960 quilômetros.
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A QUEDA
O avião da Chapecoense iniciou a descida em órbita possivelmente porque uma aeronave da empresa Viva Colômbia, que voava de Bogotá para San Andrés, no Caribe, se preparava para um pouso de emergência no aeroporto de Medellín, à 0h45min. O horário é o mesmo em que a aeronave com a equipe catarinense interrompe a trajetória para o aeroporto.
No último registro de voo, à 0h55min de Brasília (21h55min no horário local), o Avro RJ85 estava a pouco mais de 4,5 mil metros de altitude, a uma velocidade de 262 km/h. A torre do aeroporto de Medellín registrou um pedido de emergência do piloto da LaMia, que alertou para uma pane elétrica no avião. A aeronave caiu na localidade de Cerro El Gordo, em La Unión, cidade da província de Antioquia.
AS CAIXAS-PRETAS
Responsável pela investigação do acidente, a Aerocivil, órgão do governo colombiano, já está com as duas caixas-pretas do avião, encontradas em perfeito estado.
TERRENO DE DIFÍCIL ACESSO
Os destroços no local do acidente, concentrados em uma área limitada de uma região montanhosa, indicam que o avião colidiu com o solo em "ângulo bem acentuado", conforme avaliação de Sérgio Machado, professor de pilotagem profissional de aeronaves:
– Em caso de pane seca, o avião estaria planando e não teria conseguido vencer o aclive.
• Anos de fabricação: 1999
• Comprimento: 28m55cm
• Altura: 8m61cm
• Envergadura: 26m34cm
• Velocidade de cruzeiro: 750 km/h
• Velocidade máxima: 885 km/h
• Autonomia: 3.092 quilômetros
• Motores: 4 turbofan Honeywell LF507-1F
• Número de assentos: 82 a 100 assentos
Aeroporto Internacional
José María Córdova
O aeroporto está a cerca
de 36 quilômetros do local da queda
Medellín
La Ceja
Cerro El Gordo
A AERONAVE AVRO RJ85