A manifestação mais comum é a formação de placas vermelhas, descamativas e com coceira intensa, especialmente nas dobras do corpo como dos cotovelos, joelhos, punhos e axilas. Também há uma grande sensibilização da pele, que fica irritada e ressecada. Se a criança apresentar algum desses sintomas, a orientação é procurar um pediatra ou dermatologista.
Consumir probióticos, que são lactobacilos vivos, durante a gestação e a amamentação pode ajudar na prevenção, pois auxiliam no restabelecimento da flora intestinal, responsável pela imunidade. Depois disso, as únicas medidas preventivas servem para evitar as crises. São elas: utilizar hidratante todos os dias após o banho para repor a hidratação perdida, tomar banho rapidamente e com água morna – nunca quente – e manter-se longe de cortinas, tapetes e carpetes, que acumulam muitos ácaros. Também é preciso optar por sabonetes sem perfume, hipoalergênicos e que não agridam a pele sensível. Por fim, é bom evitar roupas de materiais sintéticos, uso de amaciantes e produtos com muitas fragrâncias.
Usar hidratantes e emolientes é o primeiro passo do tratamento. Durante as crises, além dessa medida, o médico pode prescrever um corticoide tópico. Quando
o paciente tiver muita coceira, pode-se receitar um antialérgico via oral. Para casos mais graves, outras substâncias podem ser recomendadas.
COMO IDENTIFICAR
COMO PREVENIR
COMO TRATAR
A dermatite atópica pode ocorrer qualquer cor de pele
As crianças são mais afetadas pois estão com o sistema imunológico em fase de adaptação. Com o passar do tempo, há uma maior adaptação aos alérgenos, tornando o organismo mais tolerante a diferentes condições.
Diretamente relacionada ao meio externo, sabe-se que a doença é mais comum em países industrializados.
Causas
Embora sua origem não esteja bem esclarecida, sabe-se que a patologia está relacionada a fatores genéticos e externos – como exposição a produtos industrializados e alérgenos como ácaros e perfumes. Filhos de pais com histórico de dermatite atópica grave podem ter crises com mais frequência. Durante o inverno, o quadro também tende a se agravar em função do ressecamento da pele. Alimentos como nozes e derivados do leite e do ovo podem servir de gatilho para as crises.
Fontes: Aline Magalhães, gerente médica da Galderma e Leandra Metsavaht, diretora da Sociedade Brasileira de Dermatologia