LHS EM 15 PALAVRAS
Os espaços
vão ser definidos pela geografia das urnas.
Luiz Henrique, falando em 23 de abril de 2014, mas poderia ser qualquer data. A expressão "geografia das urnas" era mais do que uma frase de efeito, era uma equação política. Significava que cada partido teria cargos no governo equivalente ao percentual de cadeiras conquistadas na Assembleia Legislativa.
O Luiz
Henrique não tem dois discursos.
Liderança do PMDB expressava, em 30 de maio de 2014, uma das qualidade de LHS como articulador político e também rejeitava a tese de que ele dizia para a militância que não faria composição com o PP, mas teria outra postura nos bastidores.
Brasília tem
que cuidar de política, de diplomacia. Quem tem de fazer obras são os Estados e os municípios.
Luiz Henrique, em fevereiro de 2011, anunciando sua luta como senador por um novo Pacto Federativo que aumentasse o poder e os recursos de Estados e municípios.
Esse pessoal
que está todo aí é resultado de uma articulação quase que exclusiva do Luiz Henrique.
Dário Berger (PMDB), em abril de 2014, sobre o poder de articulação de LHS. Ele citava o fato de que os dois principais candidatos a governador naquele ano, Raimundo Colombo (PSD) e Paulo Bauer (PSDB), integravam a mesma chapa de Luiz Henrique na eleição anterior.
Foram oito
anos de discriminação jamais vista em um governo como Luiz Henrique da Silveira impôs ao nosso partido.
Joares Ponticelli (PP), na convenção do PP em junho de 2014. O pepista foi o principal opositor na Assembleia durante os governos Luiz Henrique e sempre se queixou do isolamento da oposição. Seria candidato ao Senado na chapa de Raimundo Colombo, mas foi barrado por LHS.
Eu não faço política com veto. O que há é uma constatação histórica.
Luiz Henrique, em 14 de maio de 2014, negando que estivesse vetando o rival PP na aliança governista - tese que rejeitava. Mas nem sempre antagonismo histórico foi empecilho para o peemedebista: em 2006, ele articulou a adesão do então PFL a sua candidatura.
Que serviços essenciais as secretarias regionais vão prestar aos cidadãos? Com telefone DDD, Internet e teleconferência não há justificativas para o inchaço da máquina estadual.
Raimundo Colombo, em fevereiro de 2003. Filiado ao PFL, Colombo se apresentava no cenário estadual como opção à polarização política entre LHS e Amin, com discurso contundente contra a descentralização. Em 2006 aderiu ao projeto. Hoje diz que as SDRs são importantes por causa do perfil multifacetado de SC.
Eu renunciei
ao mandato, exatamente para não ser acusado desses atos que me foram imputados pelo adversário.
Luiz Henrique, em maio de 2009, quando o TSE rejeitou, por 6 votos a 1, a cassação de seu mandato como governador. Era acusado pelo PP de abuso de poder econômico e dos meios de comunicação na campanha de 2006. Um ano antes, o placar da cassação chegou a estar 3 a 0 contra LHS, mas uma falha processual zerou o julgamento.
O LHS é um jogador de pôquer. Ele blefa sem piscar.
Parlamentar do PSD, em 30 de maio de 2014.
Na época, Luiz Henrique era contra a inclusão do PP na aliança governista, que estava sendo articulada por Raimundo Colombo (PSD). A um mês das convenções, todos aguardavam a jogada de LHS. Ao final, não houve a aliança.
Ambulancio-terapia virou onibusterapia. Hoje está estourando a paciência do cidadão.
Esperidião Amin (PP), adversário de Luiz Henrique na disputa de 2006 pelo governo. O pepista tentava fazer o rival provar do próprio veneno, porque o termo foi criado por LHS nas eleições de 2002 para definir a vinda de pacientes do interior para tratamento na Capital. A expressão entrou no dicionário político de SC e ainda é um desafio a ser superado.
A polialiança
tem sido muito orgânica, muito unida, no meu governo. É claro que aqui e ali há divergência de opinião.
Luiz Henrique, em maio de 2009. Polialiança era como ele gostava de chamar a coalizão governista capitaneada por PMDB, PFL e PSDB - a popular tríplice aliança.
Em 2018 encerrarei minha vida pública e minha última missão será levar o PMDB de volta ao governo do Estado.
Luiz Henrique, em abril de 2014. O senador tentava convencer os peemedebistas a apoiarem a reeleição de Raimundo Colombo com o compromisso de lutar pela volta do partido ao governo na próxima eleição. O apoio foi dado e LHS morreu lutando para que a aliança continue em pé até 2018.
Precisamos
ficar roucos de tanto conversar com DEM e PSDB, para que se na hipótese de não repetirmos a aliança, pelo menos estejamos juntos no segundo turno.
Luiz Henrique, em março de 2010. Na época, os três partidos da aliança tinham pré-candidatos ao governo - Raimundo Colombo (DEM), Eduardo Pinho Moreira (PMDB) e Leonel Pavan (PSDB). Ao final, todos apoiaram Colombo. A expressão é uma adaptação do "roucos de tanto ouvir" de Tancredo Neves, que LHS usava frequentemente.
Não sou
obrigado a concordar com tudo o que ele acha, até porque ele está errado.
Mauro Mariani, em abril de 2014. Apontado pelo próprio LHS como herdeiro político, Mariani frequentemente entrava em colisão com o padrinho - na época da frase, defendia candidatura própria ao governo. No velório do senador, Mariani disse que as brigas com LHS eram como de pai e filho, "aquelas que se sabemos que vamor ter que fazer as pazes depois"
No segundo
turno, você tinha o PSD, que é governo, e do outro lado um senador que é anti-PT, anti-Dilma, anti-Lula. O debate sobre quem estaria com a Dilma em 2014 pesou.
Carlito Merss, dezembro de 2012, analisando o apoio do PT a Kennedy Nunes (PSD) contra Udo Döhler (PMDB) na disputa pela prefeitura de Joinville. LHS apoiava Udo, que se elegeu. A relação do senador com o PT sempre foi de altos e baixos. Apoiou Lula em 2002, mas preferiu os tucanos em 2006 e 2010. Na última eleição, ficou neutro, mas sinalizou que votaria em Aécio Neves (PSDB).
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