Eles se foram sem um sorriso de despedida, sem palavras de afeto, sem um abraço carinhoso nos pais. Nada de aviso prévio. As 239 vítimas do incêndio na boate Kiss saíram para dançar e não voltaram para casa. Não voltarão mais.
A partida precoce deixou palavras engasgadas, aperto no peito e um vazio permanente. Há pais que conversam como se o filho estivesse no quarto e os pudesse ouvir. Outros preservam um lugar vazio na mesa de jantar. As roupas ainda estão para lavar, passar e guardar no armário, ainda que o guri não vá mais usar a camiseta de futebol. Mesmo que a mensagem não chegue, o afeto está expresso, explícito em gestos ou palavras.
Parar, sentir e escrever sobre o que o filho representou de melhor ajuda a enfrentar a dor. Zero Hora e Diário de Santa Maria abriram este espaço para os pais escreverem cartas de despedida.
Assista, abaixo, a um vídeo com a leitura de trechos das mensagens enviadas pelos pais. No final, acesse o mosaico com as imagens das vítimas e leia os textos escritos pelos familiares de Santa Maria.