O ex-presidente do Senado Jader Barbalho deixou a superintendência da Polícia Federal de Palmas, Tocantins, no início da madrugada deste domingo, dia 17, depois de ficar cerca de 16 horas preso. Jader foi detido na manhã deste sábado pela PF de Belém, no Pará, e conduzido à tarde para Palmas. Por volta das 22h15min de sábado, o presidente do Tribunal Regional Federal, Tourinho Neto, concedeu habeas corpus ao ex-senador. Jader Barbalho e outras 10 pessoas tiveram suas prisões decretadas pela Justiça Federal de Tocantins na noite de sexta-feira, dia 15, por envolvimento em irregularidades na extinta Superintendência de Desenvolvimento da Amazônia (Sudam).

Ao sair da carceragem da PF em Palmas, Jader partiu direto para o aeroporto e seguiu para Belém. Segundo ele, a prisão teve motivações políticas.

– A ação feita hoje foi uma violência, uma politicagem com base na lei – afirmou.

A contadora Maria Auxiliadora Barra Martins, acusada de fazer projetos fraudulentos para conseguir financiamentos da Sudam, e o ex-superintendente José Arthur Tourinho  – detidos neste sábado – também foram beneficiados pelo habeas corpus e liberados. O ex-superintendente Maurício Vasconcellos teve pedido de habeas corpus revogado, mas a polícia nem chegou a prendê-lo.

No processo, o grupo está sendo acusado de formação de quadrilha e fraudes em 151 projetos financiados pela Sudam. Segundo o Ministério Público, o dinheiro desviado chega a R$ 40 milhões. O caso foi para Tocantins porque as investigações revelaram que os envolvidos em fraudes na Sudam retiravam o dinheiro em Altamira, no Pará, e aplicavam em empreendimentos na cidade de Paraíso, no Tocantins.

As informações foram divulgadas pela Globo News.