| 24/10/2005 16h25min
O nome de Ben Bernanke para substituir o homem mais importante da economia mundial não chegou a causar enorme surpresa nos mercados, já que vinha ocupando um lugar na lista dos prováveis substitutos de Alan Greenspan à frente do Federal Reserve (FED, Banco Central dos EUA).
Segundo analistas de mercado, a maioria dos candidatos favoritos mencionados ao longo dos últimos meses pareciam ser semelhantes a Greenspan: orientados ao mercado e interessados em manter a inflação controlada.
Economista monetário muito conhecido, Bernanke defende a adoção de medidas que estabeleçam uma maior transparência nas políticas do Federal Reserve e, há algum tempo, defende também o estabelecimento de metas para a inflação.
Quando estava na Junta de Governadores do FED, sustentava que o banco central podia ajudar a aumentar sua credibilidade na luta contra a inflação se definisse um número específico e estabelecesse uma definição para estabilidade de preços.
Se confirmado pelo Senado, Bernanke, de 52 anos, assumirá o FED no dia 1º de fevereiro, iniciando uma nova era no banco central americano depois de 18 anos sob a batuta de Alan Greenspan, de 79 anos. Para muitos, será o segundo homem mais importante do país.
George Bush deixará a Casa Branca em 2008, mas o novo chairman do FED continuará a influenciar a economia do país durante décadas, já que pode ser reeleito a cada quatro anos até sua aposentadoria, como aconteceu com Greenspan.
Segundo analistas de Wall Street, o fato de Bush tê-lo nomeado para o Conselho de Assessores Econômicos da Casa Branca era já uma preparação para lhe propor a presidência do banco central.
Em discurso no início do ano, Bernanke afirmou que a maior desvantagem de seu novo emprego era o vestuário, mas entendia que usar uma roupa incômoda era uma forma de demonstrar o quanto levava a sério seu trabalho:
– Minha proposta de que os governadores do Fed deveriam dar um sinal de seu compromisso com o serviço público mediante o uso de camisa e calças curtas até agora não foi levada em consideração – brincou.
A proposta chegou a ser classificada como um sinal de sua falta de passado político, o que não é encarado como uma desvantagem para o cargo que desempenhará a partir de fevereiro, já que, pelo bem do país, o presidente do banco central deve tomar suas decisões baseadas em considerações econômicas e não com interesses do partido.
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