| 22/10/2005 10h43min
O governo do Reino Unido pediu calma depois que um papagaio, morto durante a quarentena, foi diagnosticado com a gripe aviária. O país investiga se o vírus que o animal portava era da cepa H5N1, que pode sofrer uma mutação e passar a ser transmitido entre humanos.
De acordo com a veterinária-chefe, Debbie Reynolds, não existe motivo de alarme por enquanto. O único caso identificado estava isolado, o que elimina o risco de propagação do vírus.
O governo britânico ressaltou que, por esse motivo, a Grã-Bretanha permanece fora da área de risco da doença, como confirmou a Comissão Européia.
O papagaio, vindo do Suriname, no nordeste da América do Sul, era portador do vírus H5, que é altamente patógeno, mas Reynolds informou que ainda não se conhece o tipo.
A variante H5N1, que já apareceu na Turquia, Rússia, Romênia e possivelmente na Croácia, é a mais virulenta e causou 60 mortes no sudeste asiático desde 2003, quando foi registrado o primeiro caso de gripe das aves.
Os resultados das análises serão divulgados em poucos dias, disse a veterinária-chefe, que explicou que a câmara onde estava a ave foi desinfetada e que as pessoas que a trataram receberam antivirais.
O papagaio morreu há três dias enquanto estava em quarentena antes de ser autorizada sua entrada no Reino Unido. O animal fazia parte de uma remessa de 148 exemplares vindas de Taiwan em de 16 de setembro. Todas tiveram que ser sacrificadas.
O governo britânico criou um plano de contingência em caso de transmissão do vírus entre humanos. A ação inclui compra de mais de 11 milhões de doses de antivirais e contratos com laboratórios para que desenvolvam uma vacina tão logo seja detectado o tipo de vírus causador da infecção. Também prevê a proibição de eventos públicos como shows e jogos de futebol.
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