| 16/10/2005 17h25min
O Serviço Nacional de Qualidade e Saúde Animal (Senacsa) confirmou que não existe a presença da febre aftosa no Paraguai, após a suspensão preventiva do Chile das importações da carne bovina de uma região do país. O diretor do Senacsa, Hugo Corrales, informou em comunicado que depois de visitar 143 dos 182 estabelecimentos rurais fronteiriços "foi confirmada a inexistência de foco de aftosa em território paraguaio".
O Chile informou as autoridades paraguaias na sexta da suspensão transitória e preventiva das importações de carne bovina do departamento (estado) paraguaio de Canindeyú (nordeste), onde fora detectado um novo foco da doença.
Em Canindeyú existem 23 produtores habilitados para exportar ao mercado chileno, e o rebanho bovino da região selecionado para o mercado externo é de 34,8 mil cabeças de gado.
Entre janeiro e 7 de outubro, o Chile importou 13.837 toneladas de carne bovina paraguaia por um valor que supera US$ 33 milhões, e apenas 8% desse total corresponde ao departamento embargado. Além disso, o Senacsa informou que o alcance da última campanha de vacinação foi de 99% nas fazendas da região, "garantindo a imunidade dos animais paraguaios".
Após a avaliação, técnicos do serviço sanitário local reconheceram a proximidade do foco da febre, num local a 45 quilômetros da fronteira com o Brasil, o que "obriga a manter trabalhos de vigilância e 17 postos de controle de cabeças de gado até o fim do ano para isolar o vírus".
A vigilância epidemiológica precisará de 850 militares e 25 agentes da Polícia Nacional, e se estenderá por 300 quilômetros ao longo da fronteira. No final de 2001, foi detectado um foco de aftosa numa fazenda de Canindeyú, o que causou o fechamento dos mercados internacionais à carne paraguaia.
No início deste ano, o país recuperou suas exportações após ser declarado livre da doença com a vacinação. De janeiro a setembro deste ano, o Paraguai exportou cerca de 95 mil toneladas de carne
bovina e derivados, num total de
aproximadamente US$ 176 milhões.
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