O fim da investigação da morte do prefeito de Santo André, Celso Daniel (PT), pode estar próximo. Policiais informaram extra-oficialmente que cinco dos seis suspeitos detidos desde de sexta-feira, dia 1º, já confessaram sua participação no crime. Oficialmente, no entanto, a Polícia Civil negava as confissões.

Um dos acusados, Manoel Dantas Santana Filho, de 30 anos, conhecido como Cabeção, teve a prisão temporária de cinco dias decretada pela Justiça. Há informações de que a polícia estaria mantendo sigilo para não atrapalhar a prisão de outros envolvidos, o que poderia ocorrer ainda neste fim de semana.

Manoel é acusado de liderar uma quadrilha, cuja base fica na Favela do Jardim Pantanal, na Zona Sul de São Paulo, na divisa com Diadema, onde foi encontrado o cativeiro na quinta-feira. Neste mesmo dia, Manoel foi preso por policiais da 2ª Delegacia de Crimes contra o Patrimônio do Departamento de Investigações Sobre o Crime Organizado (Deic).

O suspeito teria denunciado os cinco comparsas, que foram presos sexta pela manhã, por policiais da Divisão de Roubo a Bancos da Polícia Civil na região da Favela do Jardim Pantanal. Eles foram presos com armas. Segundo dois policiais, o bando é formado por ladrões de banco que passaram a praticar seqüestros e durante a confissão teriam fornecido detalhes que só poderiam saber caso tivessem participado do seqüestro e do assassinato de Daniel.

A localização do cativeiro foi possível graças a duas ligações feitas pelos seqüestradores para o celular de Celso Daniel que foram rastreadas pela polícia. O diretor do Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP), Domingos Paulo Neto, também não descartou a hipótese de o canhoto do recibo de pagamento de um plano de saúde do prefeito ter sido colocado na casa, com a intenção de despistar as investigações.