| 11/10/2005 20h01min
O fato de vários países terem proibido a importação de carne bovina "in natura" oriunda somente do Estado de Mato Grosso do Sul representa um grande ganho para o Brasil e um grande avanço no intercâmbio das relações técnicas sanitárias. A avaliação otimista sobre os efeitos do foco de febre aftosa no sul-matogrossense é do diretor-executivo da Associação Brasileira das Indústrias Exportadoras de Carne (Abiec), Antonio Jorge Camardelli.
Ele assinalou que a troca de experiências e o convívio mantido entre técnicos da área de vigilância sanitária do Brasil com profissionais de outros países criou um ambiente de maior confiabilidade que acabou resultando em uma maior credibilidade da carne brasileira no exterior.
– Basta lembrar que no caso do foco anterior, que atingiu os Estados do Amazonas e do Pará, o produto do país, qualquer que fosse a região, foi bloqueado. E até a galinha foi incluída entre os animais proibidos. Desta vez, o problema se restringiu a uma região do país, apenas – observou.
Camardelii estima que sejam necessários cerca de 90 dias para que a situação no Mato Grosso do Sul se normalize e as exportações sejam retomadas.
– Agora deveremos ter um "vazio" sanitário da ordem de 30 dias; em seguida, a colocação de "sentinelas", que são animais sem defesa e sadios, para testar se a região não apresenta mais risco. Além do mais, a sorologia desses animais ainda apresentará uma atividade viral residual. Se tudo der certo, dentro de 90 dias aquela área do estado por voltar a ser repovoada – explicou.
O diretor-executivo da Abiec elogiou a rapidez com que as autoridades brasileiras atuaram, adotando as providências necessárias e impedindo que a suspensão das importações ganhasse um efeito cascata que viria a prejudicar ainda mais o país.
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