| 06/10/2005 19h03min
O sub-relator de Movimentação Financeira da Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPI) dos Correios, deputado Gustavo Fruet (PSDB-PR), lamentou o depoimento consultor Jader Kalid Antonio, que negou atuar como doleiro. Segundo Fruet, Kalid Antonio e o doleiro Haroldo Bicalho, ouvido anteriormente, estavam "defendendo seus clientes", e em nada contribuíram para a CPI.
A senadora Ideli Salvatti (PT-SC) apresentou requerimento para acareção dos dois com o empresário Marcos Valério Fernandes de Souza, suposto operador do "mensalão"; a diretora financeira da agência SMPB, Simone Vasconcellos; o sócio de Valério, Cristiano de Mello Paz; e o policial civil de Minas Gerais David Rodrigues Alves. A senadora quer que a acareção seja feita pela Polícia Federal, que, na sua opinião, teria mais condições de conduzir a reunião.
Fruet observou que os dois depoentes de hoje teriam movimentado cerca de R$ 100 milhões, quase 10% do apurado no esquema do valerioduto. Kalid Antonio foi convocado pela comissão porque, segundo informações do próprio Marcos Valério, teria sido o responsável pelo repasse de dinheiro sacado das contas do suposto operador do mensalão para a sócia do publicitário Duda Mendonça, Zilmar Fernandes Silveira. Bicalho também é acusado pela Polícia Federal de remeter dinheiro para o Exterior de forma ilegal.
Kalid, no entanto, negou conhecer Marcos Valério, Zilmar, Duda e o policial David Rodrigues Alves. O consultor admitiu apenas que prestou um serviço de consultoria para o sócio de Marcos Valério, Cristiano de Mello Paz.
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