| 04/10/2005 19h36min
Em depoimento na Comissão Parlamentar Mista (CPI) dos Correios, o procurador da Fazenda Nacional Glênio Guedes admitiu ter recebido R$ 1,5 milhão da empresa Tolentino e Mello, do empresário Marcos Valério de Souza.
O dinheiro foi enviado por meio de três depósitos numa conta bancária conjunta que Guedes mantém com os pais no BankBoston.
Segundo o procurador, a quantia foi paga a seu pai, o advogado Ramon Guedes, pela elaboração de pareceres jurídicos. O dinheiro foi transferido desde 2003, quando foi firmado o contrato entre a Tolentino e Mello e o advogado. O procurador informou que outros depósitos deverão ser feitos até o fim do contrato, em dezembro deste ano.
Guedes também admitiu que a SMP&B, uma agência de publicidade também de propriedade de Marcos Valério, custeava para ele despesas com passagens e diárias de hotéis em Belo Horizonte. Guedes disse, no entanto, que havia ressarcimento desses gastos, que eram descontados do pagamento que seria feito a seu pai pela Tolentino e Mello. Segundo o procurador, tratava-se de um favor entre amigos para lhe garantir maior comodidade.
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