| 27/09/2005 09h17min
O presidente em exercício da Câmara, José Thomaz Nonô (PFL-AL), reforçou hoje a idéia de imprevisibilidade da eleição na Casa. Em entrevista ao programa Atualidade da Rádio Gaúcha, Nonô descartou a possibilidade de consenso entre os parlamentares.
– Essa é uma visão absolutamente equivocada. É errado pensar que o consenso só pode se formar em torno de uma pessoa do governo. A unanimidade não existe: a Casa é partidária. São 19 partidos representados e 513 deputados, das mais diferentes origens e formação cultural. É uma missão impossível. O que vai definir a eleição é a empatia entre o deputado eleitor e o candidato – analisa.
De forma irônica, agradeceu ao Palácio do Planalto por liberar as emendas parlamentares. Disse que os deputados que receberam as verbas agradecerão o governo votando na oposição.
Nonô classificou de gincana jurídica a tentativa de desqualificar a sua candidatura. O deputado Eduardo Cunha (PMDB-RJ) ingressou com recurso na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) questionando se um integrante da Mesa Diretora pode participar de nova eleição sem renunciar ao cargo atual.
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