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Dois dias antes da abertura oficial do Fórum Social Mundial, no dia 29, um encontro na Sala 2 do Salão de Atos da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS) pretende ser um contraponto ao evento que reunirá em Porto Alegre políticos e militantes de esquerda mundial.
Embora a expectativa de público seja bem menor do que a do Fórum – 250 pessoas –, a segunda edição do Ciclo de Colóquios para Entender o Brasil pretende enfrentar o megaevento da esquerda com as idéias que lá serão debatidas, e não com quantidade de público.
– Por ser um evento plural e discutir soluções de maneira pragmática podemos dizer que seremos, sim, um contraponto ao Fórum Social Mundial. De resto seria pretensão nossa querer fazer contraponto a um evento que trará mais de 60 mil pessoas e já está consagrado desde o ano passado – afirmou o presidente da Associação da Classe Média do Rio Grande do Sul (Aclame), Daniel Andrade.
Cristiano Carvalho, diretor do Instituto de Estudos Empresariais (IEE), destacou como diferença do Fórum o fato de o Ciclo de Colóquios ser aberto a todos os segmentos políticos.
– É bom lembrar que não seria uma corrente ideológica apenas que poderia oferecer solução para a exclusão – disse.
O tema central do ciclo será “Como Superar a Miséria e a Exclusão Social?”, que em seu subtítulo terá uma provocação ao Fórum Social: O Socialismo pode Solucionar o Problema da Miséria no Brasil?. Entre os organizadores do evento estão a Aclame e o IEE, num total de 14 entidades (veja quadro).
Com entrada franca e mediado pelo jornalista Hélio Gama, o encontro tem como eixo central a “pluralidade”. Embora a maioria dos organizadores não seja ligada a partidos de esquerda, debatedores de siglas como PT e PPS foram convidados. Até o momento, nenhum confirmou presença. É o caso do senador Eduardo Suplicy (PT-SP), que cancelou a participação alegando compromissos assumidos com o Fórum Social. A senadora Emília Fernandes (PT) também foi convidada, mas não conseguirá chegar a tempo por problemas de agenda no Interior. Os organizadores ainda tentaram trazer o presidente nacional do PPS, Roberto Freire, e o deputado federal Marcos Rolim (PT).
Andrade lembrou que, em outubro do ano passado, o ciclo debateu a democracia no Brasil. Nesta segunda edição, o grupo decidiu discutir soluções para a miséria no país e já prevê para os próximos debates temas como reforma agrária, reforma política e segurança pública.
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