| 22/09/2005 16h17min
A evacuação de mais de dois milhões de pessoas de áreas próximas à costa do Texas, onde é esperada a chegada do furacão Rita, colapsou totalmente as estradas que saem de Houston. Se todas as previsões forem cumpridas, o furacão deve tocar a terra na madrugada de sábado, com ventos de 240 km/h,.
Embora o ponto da entrada do furacão na terra possa variar, a maior probabilidade gira em torno da cidade de Galveston, onde 58 mil habitantes foram obrigados a evacuar o local. Somente 180 policiais e 117 bombeiros têm autorização para permanecer na região. Galveston, localizada a três metros abaixo do nível do mar, ficou completamente destruída em 1900 quando sofreu os efeitos do pior furacão da história dos Estados Unidos e que deixou um saldo nunca esclarecido de entre seis e 12 mil mortos.
A tragédia vivida há apenas três semanas e meia com o furacão Katrina, que deixou completamente inundada a cidade de Nova Orleans e gerou mil mortes, fez surgir o pânico entre os residentes do litoral texano do Golfo do México. A proximidade do Rita provocou um êxodo maciço para cidades do interior do Texas, como San Antonio, Austin e Dallas, algo que superou todas as previsões das autoridades.
As pessoas estão gastando mais de 15 horas na estrada e ainda não conseguiram sair da área urbana de Houston, a quarta cidade mais importante do país com quatro milhões de habitantes. A situação é caótica já que os motoristas estão sofrendo como o calor, por não poderem descansar ou abandonar as estradas. As dificuldades para a evacuação aumentam com a presença dos refugiados de Nova Orleans que estavam em Houston e agora devem ser trasladados a outros estados como Arkansas e Oklahoma.
O prefeito de Houston, Bill White, reconheceu que não existem veículos oficiais suficientes para evacuar todas as pessoas das áreas que podem ser afetadas pelo Rita, por isso pediu a colaboração dos cidadãos. A última vez que Houston sofreu os efeitos de um furacão foi em 1983, com o Alicia, um furacão de categoria três que deixou o centro da cidade inundado, provocando perdas materiais de US$ 2 bilhões e um saldo de 21 pessoas mortas.
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