| 21/09/2005 13h59min
O depoimento do banqueiro Daniel Dantas, dono do grupo Opportunity, às comissões parlamentares de inquérito do Mensalão e dos Correios, foi suspenso por 15 minutos após discussão dos parlamentares.
A senadora Ideli Salvatti (PT-SC) disse que o banqueiro deveria estar preso há muito tempo caso apenas 10% das acusações de um documento que recebeu de uma associação de fundos de pensão das empresas estatais sejam verídicas. Ideli fez duras críticas ao banqueiro, afirmando que pessoas ligadas a ele são acusadas de formação de quadrilha e que há contra Dantas dezenas de ações na Justiça.
A guerra comercial em que Dantas está envolvido, segundo Ideli, é uma das maiores da história do país, e envolve R$ 16 bilhões. A senadora interpretou o pedido de habeas corpus de Daniel Dantas como uma postura de assumir a posição de réu.
O presidente da CPI do Mensalão, senador Amir Lando (PMDB-RO), respondeu que, sob sua presidência, Dantas, em qualquer condição, não seria preso durante o depoimento. Ideli citou também uma liminar concedida pelo ministro Edson Vidigal, do Superior Tribunal de Justiça (STJ) que, segundo ela, contraria interesses do Opportunity, e leu parte de uma reportagem da revista Veja, na qual Vidigal diz estar sendo perseguido por ter concedido a liminar.
Deputados questionaram as afirmações da senadora e houve princípio de tumulto entre os deputados Eduardo Valverde (PT-RO) e João Fontes (PDT-SE). A discussão esquentou quando o deputado Eduardo Paes (PSDB-RJ) fez ataques ao PT, ao falar das relações entre o chefe do Núcleo de Assuntos Estratégicos da Presidência da República, Luiz Gushiken, e os fundos de pensão, e da relação entre o deputado José Dirceu (PT-SP) e o grupo Opportunity.
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