| 20/09/2005 17h25min
O doleiro Antônio Oliveira Claramunt, conhecido como Toninho da Barcelona, reafirmou, hoje, em seu depoimento a parlamentares das CPIs dos Bingos, dos Correios e do Mensalão, que Dario Messer era o principal doleiro que operava para o PT, por meio da corretora Bônus-Banval. Barcelona já tinha citado o nome de Messer em agosto, em depoimento informal a parlamentares da CPI dos Correios, que já aprovou a convocação para ouvi-lo. A CPI também vai ouvir Marcelo Viana, funcionário de Barcelona que trocaria dólares para petistas.
– Todo o dinheiro que era encaminhado à Bônus-Banval se destinava a partidários do PT. Não única e exclusivamente a Delúbio Soares. Ele não pegou aquele dinheiro todo e pôs nos bolsos.
Barcelona contou que do dia 09 de setembro a 10 de outubro comprou um total de US$ 2,5 milhões para a Bônus-Banval. E, segundo ele, havia uma "triangulação" no esquema.
– O Banco Rural vendia dólares a Messer, que vendia no mercado e
angariava reais. A Bônus-Banval só recebia os
reais e administrava – explicou.
E acrescentou:
– No mês de março e abril, a Bônus-Baval possuiu uma licença do Banco Central para operar em câmbio. Me convidou para que fosse lá para que montássemos uma mesa de operação visando fazer uma concorrência ao Messer. Porque eles ficavam só com a administração e a comissão era pouca.
Sobre o destino do dinheiro, Barcelona disse desconhecer:
– Eu tentei (descobrir), excelência. Com a mais profunda sinceridade, eu tentei. Mas depois das matérias de delação premiada, eu virei um câncer. Todas as pessoas com quem eu me relacionava sumiram – afirmou Barcelona.
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