O resultado da eleição interna no PT só deve ser definido após o dia 9 de outubro, data programada para o segundo turno. O candidato moderado, Ricardo Berzoini, que disputou o primeiro turno com seis desafiantes de correntes mais à esquerda, admitiu ontem que a disputa pode ser resolvida em nova votação. O presidente Lula, que passou o fim de semana em São Paulo, não apareceu para votar.

A comissão que coordenou o processo eleitoral garante que o quórum mínimo de votantes foi atingido, mas somente amanhã ao meio-dia será divulgada a primeira parcial de resultados. Em vários locais do país as eleições foram marcadas por denúncias de irregularidades. Em São Paulo, candidatos teriam buscado eleitores para levar aos locais de votação. O estatuto petista não proíbe o transporte de eleitores, mas a prática foi condenada pelos candidatos da esquerda do partido. Berzoini garantiu que as denúncias serão apuradas.

Apontado como oponente de Ricardo Berzoini em um possível segundo turno, Valter Pomar disse que a divisão de votos revela que a atual direção do Campo Majoritário está desacreditada.

No Rio Grande do Sul, pelo menos 18 mil dos 77.794 filiados gaúchos aptos a votar nas eleições internas no Estado compareceram às urnas.  A estimativa deu alívio aos dirigentes ao garantir o quórum mínimo de 15%. Até as 21h17min, haviam sido apurados 5 mil votos. Os quatro candidatos à presidência - Olívio Dutra, Laércio Barbosa, Luix Costa e Estilac Xavier - acompanharam a contagem dos votos na sede estadual do PT, em Porto Alegre.

As votações para a escolha dos novos dirigentes estaduais e municipais do PT neste domingo, na Bahia, transcorreram com certa tranqüilidade. Nem mesmo o ex-presidente do diretório regional e deputado federal Josias Gomes, um dos parlamentares que fizeram saques nas contas do empresário Marcos Valério, no Banco Rural, chegou a ser importunado.

O índice de militantes que compareceu às urnas, estimado em aproximadamente 30% dos cerca de 40 mil filiados, atendeu às expectativas de diretores e candidatos. A perspectiva, porém, é que a eleição no estado seja defina em segundo turno, em outubro.

O presidente municipal do partido em Belo Horizonte, deputado Roberto Carvalho, disse que houve quorum em todos os locais de votação. Na capital mineira, pouco mais de seis mil petistas estavam em condições de votar. Desses, dois mil procuraram os locais de votação, número suficiente para cobrir a cota de comparecimento de 15%.

RÁDIO GAÚCHA E AGÊNCIA O GLOBO