Amigos próximos do presidente da Casa, acusado de receber propina do dono de um restaurante na Câmara quando era primeiro-secretário da Câmara, dizem que a decisão de Severino Cavalcanti já está tomada. Na opinião de aliados, ele deve renunciar e anunciar sua decisão em discurso em plenário na quarta.

O advogado do deputado Severino Cavalcanti (PP-PE), José Eduardo Alckmin, afirmou neste domingo, pouco após deixar a residência oficial da Câmara dos Deputados, que um afastamento de Severino por motivos de saúde está completamente descartado e que o presidente da Câmara só deve anunciar sua decisão na próxima quarta.

O advogado disse ainda que vai entrar com uma queixa-crime contra o empresário Sebastião Buani por calúnia. Buani acusa Severino de ter-lhe cobrado um "mensalinho" para renovar o contrato com o estabelecimento.

O presidente da Câmara não saiu de casa no fim de semana, e recebeu aliados na residência oficial neste domingo. Estiveram na casa do presidente da Câmara, o presidente do PP, Pedro Corrêa, o corregedor da Câmara, Ciro Nogueira (PP-PI), o deputado João Caldas (PL-AL) e prefeitos de Pernambuco. No cardápio do encontro, uma feijoada. Segundo políticos que participaram do encontro, Severino falou por telefone com todos os membros da direção da Câmara.