| 14/09/2005 15h41min
O presidente nacional do PP, deputado Pedro Corrêa (PP-PE), afirmou hoje, na Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) do Mensalão, que o chefe-de-gabinete da liderança do PP, João Cláudio Genu, só foi autorizado a sacar R$ 700 mil das contas do empresário Marcos Valério. Segundo Valério, Genu recebeu R$ 4,1 milhões entre setembro de 2003 e julho de 2004.
Segundo Corrêa, Genu foi três vezes ao Banco Rural para sacar dinheiro em espécie destinado a pagar serviços do advogado Paulo Goyaz, que defendeu o deputado Ronivon Santiago (PP-AC) em 36 ações judiciais. Dessas, 12 já foram arquivadas.
Genu teria feito dois saques de R$ 300 mil e um de R$ 100 mil, totalizando R$ 700 mil. Corrêa disse que o PP pagou os honorários do advogado em quatro parcelas, a primeira de R$ 300 mil e as seguintes de R$ 200 mil cada uma, entre junho e setembro de 2003, somando R$ 900 mil. De acordo com o presidente do PP, a diferença foi paga com recursos do próprio partido. O deputado afirmou que o dinheiro foi recebido em espécie porque as contas bancárias do PP estavam bloqueadas pela Justiça.
O acordo financeiro com o PT se deu porque, de acordo com Corrêa, o PP, que apoiava o governo federal, era perseguido politicamente pelo PT no Acre. Ele citou a cassação do ex-deputado Narciso Mendes, defendida pelo PT.
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