| 04/09/2005 17h58min
Um espetáculo. Um luxo. A exibição do Brasil hoje à tarde deu mostras de que o hexacampeonato mundial é algo bem possível. O calor, o tempo seco de Brasília derreteu a neve andina. A Seleção Brasileira não tomou conhecimento do Chile. Foi 5 a 0 mas poderia ter sido, no mínimo, o dobro.
Aos 24 segundos Robinho matou no peito e bateu de longe, quase surpreendendo o goleiro Tapia, que estava adiantado. Aos 4 minutos, Kaká recebeu na área, driblou um zagueiro e bateu para fora. Marcando por pressão, o Brasil não deixava o Chile respirar.
O time de Parreira tomou conta do meio-campo. Kaká e Robinho cercavam e por vezes marcavam mesmo os adversários. Roberto Carlos e Cafu chegavam na linha de fundo com tranqüilidade.
Aos 10 minutos Adriano girou para o gol. A bola desviou no zagueiro chileno e saiu: escanteio. Na cobrança de Kaká, Juan subiu com estilo e desviou de Tapia: 1 a 0. Dez minutos depois, a jogada do quarteto mágico: Adriano escapou pela direita e cruzou. Kaká recebeu na esquerda, dominou e mandou para a pequena área. Ronaldo tirou um zagueiro do lance e só encostou para Robinho, xodó desse grupo, colocar para as redes chilenas: 2 a 0.
Dez minutos depois, Robinho roubou a bola no meio-campo. Sim, ele marca com força. Avançou com tranqüilidade, superior para o campo de ataque. Viu, livre na esquerda o Imperador. Adriano então fez aqulio que mais sabe: desferir chutes potentes contra as redes. E assim foi, Brasil 3 a 0.
O Brasil seguia arrasador, derretendo a Cordilheira dos Andes. Em outro escanteio, Zé Roberto mandou para a área. E novamente, Adriano, o Imperador, cumprimentou as redes do goleiro chileno. Dessa vez, ele usou a cabeça, digna de uma coroa.
No segundo tempo, o forte calor de Brasília não se refletiu dentro de campo. O jogo amornou. O Chile tentou alguma coisa. Pela direita , Álvarez e Pizarro até incomodaram. Mas não o suficiente para descontar. Ambos os treinadores fizeram todas as substituições. Um pensando em poupar seus astros, o outro, no desespero de diminuir o placar. E foi numa tentativa destas, a última da partida, que o Chile sofreu o quinto gol. A defesa brasileira afastou o cruzamento de escanteio, Ricardinho fez um lançamento longo para Robinho. E mais uma vez ele, o Príncipe, como é chamado serviu ao Imperador Adriano, livre na meia- esquerda. Ele entrou área adentro e fuzilou Tapia: 5 a 0. Do jeito que está, a seleção vai buscar o hexacampeonato com o quarteto, ou se bobear, o quinteto mágico.
RODRIGO CELENTEGrupo RBS Dúvidas Frequentes | Fale Conosco | Anuncie | Trabalhe no Grupo RBS - © 2009 clicRBS.com.br Todos os direitos reservados.