| 02/09/2005 09h41min
Em depoimento aos promotores de Santo André, um detento disse ontem que a morte de Celso Daniel custou R$ 1 milhão. O preso é um dos seis integrantes da quadrilha da Favela Pantanal que confessou ter participado do crime contra o prefeito da cidade em janeiro de 2002.
Com o nome mantido em sigilo, o seqüestrador afirmou ainda que Celso Daniel não foi executado a tiros por um menor de idade, mas por José Edson da Silva, já preso, e por Dionízio Aquino Severo, morto na prisão em 2002 dois dias depois de dizer que tinha informações sobre o seqüestro do prefeito.
Ouvido na cadeia, o seqüestrador contou ainda que Edson e Severo receberam ordens para matar o prefeito depois que o chefe da quadrilha, Ivan Rodrigues da Silva, o Monstro, teve um encontro em Campinas. Para os promotores, que já denunciaram o empresário Sérgio Gomes da Silva, conhecido como Sombra, como um dos mandantes do crime, é bem possível que exista um segundo mandante.
– Com a confissão ganha mais relevo saber quem esteve em Campinas naquele final de semana do crime – analisa o promotor Roberto Wider.
O preso também revelou que durante o seqüestro do prefeito foi pego uma sacola com US$ 40 mil, que seria parte do pagamento da quadrilha. Os promotores de Santo André pretendem quebrar o sigilo telefônico de dois celulares utilizados por Severo.
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