| 29/08/2005 19h51min
O procurador-geral da República, Antônio Fernando de Souza, pediu na tarde desta segunda-feira ao Supremo Tribunal Federal (STF) a prorrogação por mais 30 dias do prazo para concluir o inquérito que investiga o suposto pagamento de mensalão no Congresso. O procurador-geral também pediu outras oito diligências, entre elas quebras de sigilo e novos depoimentos, não divulgando os alvos das próxima etapa das investigações.
O ministro Joaquim Barbosa, relator do caso no STF, deverá decidir nos próximos dias se concorda com as sugestões do procurador. Por tramitar em segredo de justiça, o Ministério Público Federal não revela o conteúdo do parecer do procurador-geral. Ele também não informou se endossou o pedido da Polícia Federal de rastrear as contas bancárias do publicitário Duda Mendonça na Dusseldorf Company Ltd, com sede nas Bahamas, Caribe. A PF também pediu o bloqueio dos valores, que teriam transitado por 21 instituições bancárias antes de chegar ao destino final.
Duda Mendonça e a sócia, Zilmar da Silveira, confirmaram à CPI dos Correios ter recebido no exterior parte dos R$ 15,5 milhões que Marcos Valério teria repassado a eles por orientação de Delúbio Soares, ex-tesoureiro do PT. O ministro Joaquim Barbosa, relator do inquérito no STF, deverá decidir nos próximos dias se autoriza ou não as diligências e a extensão do prazo das investigações solicitadas neste domingo.
No início deste mês, o procurador havia dado 15 dias para a análise dos saques e identificação dos nomes que aparecem nas listas de sacadores apresentadas pelo empresário Marcos Valério e Simone Vasconcelos à PF. O prazo foi considerado curto pela Polícia Federal, que pediu a ampliação.
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