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 | 27/08/2005 09h24min

Fidel critica sugestão de assassinato de Hugo Chávez

Líder cubano disse que EUA quer intervir na Bolívia e no Brasil

O presidente cubano, Fidel Castro, disse nesta sexta-feira que o assassinato do presidente venezuelano, Hugo Chávez, "seria o pior que poderia ocorrer", e que sua morte criaria "uma grande explosão".

O líder cubano se referiu às recentes declarações do pastor evangélico americano Pat Robertson, que em uma declaração na TV sugeriu o assassinato do presidente venezuelano, embora depois tenha dito que foi mal-interpretado.

– Assassinar Chávez é o pior que poderia ocorrer, não se sabe que tipo de explosão provocaria, que situação horrível criaria – afirmou Fidel.

Em sua participação de cerca de cinco horas no programa de televisão Mesa-redonda o dirigente cubano também rejeitou recentes declarações do secretário de Defesa dos Estados Unidos, Donald Rumsfeld, que afirmou que Cuba e Venezuela provocam "desestabilização" na América do Sul.

– Não têm que jogar a culpa em nós, mas nos ventos sociais. Há uma profunda crise em conseqüência do neoliberalismo, da ordem imposta ao Terceiro Mundo, conseqüência do saque. Não foi Venezuela nem Cuba que saquearam, nem têm bases nem tropas – apontou o governante cubano.

Criticando a recente visita de Rumsfeld ao Paraguai e ao Peru, Castro afirmou que é "ridículo" deixar o campo de batalha no Iraque para visitar países latino-americanos, onde "não há potências militares nem perigos para a segurança americana".

Fidel denunciou que a presença de tropas americanas no Paraguai teria por objetivo encontrar um "ponto de partida para intervir na Bolívia e no Brasil, um dos países de maiores diferenças sociais, com problemas muito grandes, como os que têm todos os países latino-americanos".

 
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