| 16/08/2005 07h26min
A executiva nacional do PT se reúne na tarde de hoje, em Brasília, para definir o futuro dos parlamentares do partido citados no escândalo do mensalão. Integrantes de correntes da esquerda pedirão, novamente, a abertura de processo na comissão de ética do partido contra os envolvidos.
Segundo dirigentes do Campo Majoritário, que controla a legenda, a tendência é que deputados ligados a saques nas contas de Marcos Valério de Souza passem a ser alvo da comissão. O caso do ex-ministro da Casa Civil José Dirceu também deve ser apurado.
A proposta de levar os envolvidos no escândalo à comissão de ética e afastá-los das atividades de bancada já havia sido apresentada pelas correntes de esquerda, mas foi rejeitada. Agora, sob o impacto do depoimento do publicitário Duda Mendonça à CPI dos Correios, a tendência é de que os novos pedidos sejam aceitos.
Até o momento, apenas o ex-tesoureiro Delúbio Soares é alvo da comissão. O processo foi aberto a pedido do próprio Delúbio. Hoje, suas testemunhas de defesa serão ouvidas. Na defesa escrita, Delúbio se ateve à sua biografia, ressaltando sua história de militância. O parecer final sobre o ex-tesoureiro deve ser dado no dia 28. Depois disso, o documento da comissão terá de ser apreciado pelo diretório nacional, que decidirá ou não pela expulsão de Delúbio.
Entre os deputados que aparecem na lista de sacadores das contas de Valério estão João Paulo Cunha (PT-SP), Paulo Rocha (PT-PA), Professor Luizinho (PT-SP), José Mentor (PT-SP), Josias Gomes (PT-BA) e João Magno (PT-MG). Se a executiva entender que a explicação sobre os saques é suficiente, deixará de enviar o caso à comissão de ética.
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