| 15/08/2005 12h55min
A hipótese de impeachment do presidente Luiz Inácio Lula da Silva foi afastada hoje pelos presidentes do Senado, Renan Caheiros, e do Superior Tribunal de Justiça (STJ), Edson Vidigal. O ex-presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), Sidney Sanches, que conduziu o processo de cassação do mandato do presidente Fernando Collor de Mello, também diz que não vê semelhanças nas denúncias que envolvem o atual governo com as irregularidades cometidas por Collor.
– Na ocasião do Collor, as denúncias recaíam justamente sobre o presidente. Além disso, havia uma grande indignação popular por conta do confisco da poupança. Agora, apenas se suspeita que o presidente (Lula) pode saber de irregularidades no financiamento de sua campanha ou na obtenção de recursos – disse Sanches.
Numa palestra sobre segurança jurídica, na sede da Federação das Indústrias de São Paulo (Fiesp), Renan e Vidigal, no entanto, cobraram mais explicações de Lula sobre as denúncias de corrupção no governo.
– Impeachment nunca é bom para ninguém. Além disso, (impeachment) exige que haja mais prova, maioria congressual e respaldo da sociedade – disse o senador, para quem o presidente Lula tem tido dificuldade de fazer um pronunciamento mais afirmativo em razão da avalanche de denúncias.
Para Vidigal, falta ao presidente Lula dizer o que está "entalado".
– Parece que a Nação quer ouvir mais. Falta convicção na fala dele. Parece-me que ele tem mais o que dizer, principalmente o que está entalado.
As informações são da Agência O Globo.
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