O empresário Marcos Valério de Souza sugeriu que, se as investigações forem aprofundadas, outros esquemas de financiamento de caixa dois de campanhas eleitorais serão descobertos.

– Há outros tipos de financiamentos. Hoje, a SMP&B e a DNA estão na berlinda, mas no passado podem ser descobertas grandes empreiteiras financiando ou grandes bancos financiando. Tem de deixar de hipocrisia – disse o mineiro, em entrevista publicada ontem no jornal O Tempo, de Belo Horizonte.

Sem dar detalhes ou citar nomes, Valério disse que, se as "as pessoas tiverem coragem de admitir – o que eu acho que não vão ter –, outros esquemas aparecerão". Para ele, "é só querer apurar que se descobrirá a participação de grandes empreiteiras e bancos".

As investigações detectaram que o empresário operou o financiamento de caixa dois para o PT e partidos da coligação liderada pelo PSDB na campanha à reeleição de Eduardo Azeredo ao governo de Minas Gerais, em 1998. Protagonista da atual crise, Valério reconhece que não é inocente, mas se considera traído e disse que está sendo vítima de uma pressão do governo federal na tentativa de "blindar" políticos do PT, como o ex-ministro José Dirceu e o ex-presidente da legenda José Genoino.

As informações são do jornal Zero Hora.