| 12/08/2005 17h34min
Com uma alta de mais 1,19%, o dólar fechou cotado a R$ 2,372 na compra e R$ 2,374 na venda. Com esse resultado, a moeda americana fechou a semana com valorização de 2,77% frente ao real. O risco-país brasileiro (EMBI+ Brasil) fechou em 403 pontos centesimais, com alta de 3,59% (14 pontos).
O cenário político foi o principal combustível da subida do dólar, em meio a uma forte volatilidade. O mercado também levou em conta fatores como o novo recorde dos preços do petróleo e a volta dos leilões de compra do Banco Central. Desta vez não houve leilão do BC, uma vez que o dólar chegou a bater a máxima de R$ 2,406 na ponta de venda (+2,55%).
O depoimento do publicitário Duda Mendonça na CPI dos Correios continuou a gerar nervosismo, devido à notícia de que o PT fazia pagamentos no exterior. O agravante veio da entrevista do ex-deputado Valdemar Costa Neto (PL), alegando que Lula tinha conhecimento dos esquemas do PT e do PL. O esperado pronunciamento de Lula teve efeito limitado no câmbio, ao contrário do que ocorreu com as ações.
– O dia foi bastante confuso no mercado de câmbio, com agentes andando em direções completamente opostas. Exportadores venderam bastante dólares, aproveitando as cotações mais caras. Por outro lado, houve muitas operações de "stop loss" (interrupção de perdas). Além do cenário político, a volta das compras do BC pesa bastante – explicou um profissional de um banco estrangeiro.
As projeções dos juros negociadas na Bolsa de Mercadorias & Futuros (BM&F) fecharam em alta nos vencimentos mais longos, em um dia de correções geradas pelo estresse com a cena política.
A poucos dias da reunião do Comitê de Política Monetária (Copom), as apostas na manutenção da taxa Selic nos atuais 19,75% são praticamente unânimes. O Depósito Interfinanceiro (DI) de setembro, que projeta os juros de agosto, terminou o dia projetando, em média, um corte de 0,04 ponto percentual na Selic.
As informações são da Agência O Globo.
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