| 10/08/2005 15h38min
Em depoimento às comissões parlamentares mistas de inquérito (CPMIs) dos Correios e da Compra de Votos, o sócio da agência de publicidade SMP&B Cristiano de Mello Paz declarou que os cheques e ordens de pagamento que assinava do Banco Rural de Brasília não traziam o nome dos destinatários.
Paz afirmou ainda que sempre visava os talões confiando no sócio Marcos Valério Fernandes de Souza, acusado de ser operador do suposto esquema de mensalão. De acordo com o sócio, Marcos Valério sempre garantiu que os empréstimos realizados pela agência de publicidade em nome do PT seriam pagos e que não havia qualquer irregularidade.
Segundo Paz, nos últimos anos, Marcos Valério passou pouquíssimo tempo na agência de publicidade. Como os cheques precisavam ser visados pelos três sócios, a diretora financeira Simone Vasconcelos tinha uma procuração para assinar em nome de Marcos Valério. Os cheques também traziam as assinaturas de Paz e do terceiro sócio,
Ramon Hollerbach Cardoso.
Em determinado momento, diz ele, a quantidade de cheques a serem assinados chegou a incomodá-lo. Ele pediu uma solução ao departamento financeiro, mas não foi atendido. O sócio da SMPB disse ainda que deve ter ido à sala de Simone umas cinco vezes, desde a entrada de Marcos Valério na empresa, em 1996.
As informações são da Agência Câmara.
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