A reunião conjunta da CPI do Mensalão e dos Correios que ouvia Cristiano Paz, sócio do empresário Marcos Valério na SMP&B, foi suspensa por causa de um bate-boca entre os parlamentares. O deputado federal Júlio Redecker (PSDB-RS) questionou por que o deputado Paulo Pimenta (PT-RS) teria entrado no carro do empresário Marcos Valério, na garagem do Senado, por volta das 2h30min de hoje após depoimento à CPI do Mensalão. Pimenta, que é vice-presidente da comissão, disse que os advogados de Valério entregaram uma lista com novos nomes de pessoas que fizeram saques em 1998, além dos 79 já divulgados. Conforme o parlamentar petista, a relação teria políticos mineiros de destaque.

Em seu depoimento na CPI do Mensalão, Valério se recusara a entregar esta lista, alegando que não havia recibos nestes nomes e, portanto, não tinha como comprovar os saques.

Os demais integrantes da CPI se revoltaram alegando que Pimenta teria obtido o material de maneira irregular.

- Isso é gravíssimo, o depoente disse diversas vezes que não passaria a lista porque não tinha como provar o envolvimento dessas pessoas. Nunca os advogados dele poderiam ter entregado o documento a um deputado do PT, que é vice-presidente da CPI do Mensalão, sem entregar oficialmente à CPI - protestou a deputado Zualeiê Cobra (PSDB-SP).

A confusão fez com que o presidente da CPI, Amir Lando, suspendesse a sessão por 15 minutos. Lando disse que os documentos serão anexados à papelada da CPI do Mensalão e dos Correios.

Com informações da Rádio Gaúcha e da Agência O Globo.