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 | 08/08/2005 18h44min

Marcos Valério enfrenta nova maratona no Congresso

Estratégia de empresário será envolver ainda mais Jefferson e Dirceu

O empresário mineiro Marcos Valério de Souza, acusado de ser o operador do esquema do mensalão, enfrenta nesta terça uma nova maratona no Congresso: irá depor aos integrantes da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Compra de Votos. O início do depoimento está marcado para as 11h30min, no Senado. O clicRBS irá fazer o minuto a minuto da sessão da comissão, transmitindo as principais movimentações, declarações e informações registradas na CPI.

Valério já adiantou sua estratégia: ele pretende comprometer ainda mais os deputados Roberto Jefferson (PTB-RJ) e José Dirceu (PT-SP). O empresário afirmou qie irá contar ter testemunhado uma tentativa de chantagem feita por Jefferson contra o ex-tesoureiro nacional do PT Delúbio Soares. Ele prometeu demonstrar, ainda, que o PTB se beneficiou tanto quanto o PT, o PP e o PL dos empréstimos tomados oficialmente em nome de suas agências de publicidade.

Em relação a Dirceu, Valério afirmou que vai dizer, pela primeira vez em depoimento formal no Congresso, que o ex-chefe da Casa Civil era o avalista político de todas operações financeiras realizadas em favor do PT e dos partidos aliados do governo Luiz Inácio Lula da Silva. A informação foi omitida por Valério no depoimento que deu à CPI dos Correios no dia 6 de julho.

De acordo com o empresário, o ex-homem forte do governo Lula não só sabia de todas as operações financeiras realizadas por suas empresas em parceria com Delúbio, como também garantia o aval político para a obtenção de empréstimos bancários. Os bancos, afirma Marcos Valério, só aceitavam conceder financiamentos porque tinham a certeza de que Dirceu estava por trás dos pedidos de dinheiro. Valério diz que não revelou desde o início tudo o que sabe porque resolveu atender a um apelo de Delúbio, que lhe pediu que moderasse o tom das denúncias.

Tantas foram as promessas de informações bombásticas feitas por Marcos Valério que foi cogitada a possibilidade de realizar um depoimento fechado ao público e à imprensa. Na tarde desta segunda, no entanto, o vice-presidente da comissão, Paulo Pimenta (PT-RS), confirmou que a sessão será aberta. Pimenta não descartou, no entanto, a possibilidade de alguns trechos do depoimento serem tomados a portas fechadas.

 
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