| 28/07/2005 23h10min
O ex-líder do governo na Câmara, Professor Luizinho (PT-SP), confirmou, no início da noite desta quinta-feira, que um assessor dele, José Nilson dos Santos, sacou R$ 20 mil no Banco Rural.
Santos disse que sacou o dinheiro por orientação do ex-tesoureiro do PT Delúbio Soares.
Os integrantes da Comissão Parlamentar mista de Inquérito (CPI) dos Correios dizem que já podem explicar como funcionava o esquema que repassou mais de R$ 10 milhões das empresas de Marcos Valério para políticos e assessores. Simone Vasconcellos, diretora de administração da SMP&B, recebia ordens de pagamento, e sacava dentro da agência. Ela anotava à mão os nomes de pessoas indicadas pelos partidos. O dinheiro era distribuído ali mesmo.
– As informações que chegam a CPI dão conta que havia uma sala especial, reservada no próprio edifício sede do Banco Rural de Brasília, só para que a Simone procedesse a distribuição dos recursos que eram retirados das contas do senhor Marcos Valério – informa o deputado ACM Neto (PFL - BA).
Nesta quinta-feira, foram confirmados os nomes de outros dois deputados que receberam dinheiro de Marcos Valério. O deputado João Magno, do PT, recebeu duas transferências eletrônicas, uma no dia 18 de agosto e outra no dia 19 de setembro de 2003, no total de R$ 29 mil. Em nota, João Magno disse que recebeu o dinheiro de Delúbio para cobrir despesas de campanha.
O deputado Romeu Queiroz, presidente do PTB de Minas, recebeu uma transferência de R$ 50 mil no dia 31 de agosto de 2004. O deputado disse que o dinheiro foi depositado na conta dele por engano. Mas depois foi repassado como doação de campanha da Usiminas a candidatos da região. A Usiminas não quis comentar as informações de Queiroz de que doou dinheiro para a campanha de deputados mineiros.
As informações são da Agência O Globo.
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