| 27/07/2005 07h50min
O presidente do PT, Tarso Genro, quer respostas do deputado José Dirceu (PT-SP) à denúncia feita ontem à CPI dos Correios por Renilda de Souza, que acusou o ex-ministro-chefe da Casa Civil de se reunir com diretores do Banco Rural e do BMG para discutir empréstimos ao partido. O ministro da Educação sugeriu ontem a Dirceu que se antecipe aos fatos e peça para ser ouvido pelo partido:
– Temos de verificar as informações concretas e ouvir a versão de José Dirceu.
Apesar de ressalvar que o PT não fará "nenhuma execução sumária", Tarso disse que Dirceu está sujeito à comissão de ética da sigla como qualquer militante.
– Tudo o que for colocado a respeito de qualquer militante vai ser avaliado pela comisão de ética do PT, seja de que nível for o militante – afirmou o presidente do partido, após visitar o procurador-geral da República, Antonio Fernando de Souza.
E completou:
– Tenho certeza de que, quando algum militante recebe uma acusação grave, se ele é um militante de responsabilidade, vai pedir que esse fato seja submetido à comissão de ética antes que alguém o faça.
Tarso fez a afirmação ao ser questionado se a situação de Dirceu teria ficado mais grave agora. Mais tarde, amenizou suas declarações. Depois de conversar com o presidente do Supremo Tribunal Federal, ministro Nelson Jobim, o presidente do PT foi taxativo:
– Não temos motivo para duvidar da palavra de Dirceu.
De posse da nota de defesa encaminhada pelo deputado, o presidente do PT disse que, na sua avaliação, o depoimento de Renilda não serve como prova.
As informações são do jornal Zero Hora.
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