| 26/07/2005 19h37min
O presidente nacional do PSDB, senador Eduardo Azeredo (MG), disse hoje que as denúncias de que teria recebido doações "não-oficiais" das empresas DNA e SMP&B, do publicitário Marcos Valério, em campanhas eleitorais de 1998, não são verdadeiras. O senador negou que tenha participado de qualquer esquema de captação de recursos não declarados ao Tribunal Regional Eleitoral (TRE) de Minas Gerais para sua campanha ao governo do Estado.
– A minha eleição de 1998 foi aprovada plo TRE com todo o detalhamento necessário. Foi feita a prestação de contas com todo o cuidado que a lei exige. Não posso concordar com essa tentativa de estadualização das questões – afirmou.
Em nota oficial, a assessoria da DNA informa que o empréstimo de R$ 11,7 milhões citado na matéria do jornal O Globo "realmente existiu". Mas afirma ter "dúvidas quanto à veracidade dos fatos". Segundo a nota, a agência solicitou cópia do contrato junto ao Banco Rural e pretende se pronunciar novamente sobre o caso.
A assessoria da SMP&B afirma que a empresa fez algumas doações para políticos em 1998, mas não é possível precisar se o PSDB foi um dos partidos beneficiados. Segundo a empresa, como as doações foram feitas por Marcos Valério, só ele pode especificar os partidos beneficiados. De acordo com a assessoria, as doações não foram oficiais e não estão registradas na empresa.
O senador afirmou que o TRE aprovou integralmente as contas de sua campanha de 1998, que somaram R$ 8,5 milhões. A empresa responsável pelas sua campanha na ocasião, de acordo com ele, foi a do publicitário Duda Mendonça.
– Eu não tenho nada a ver com as questões que estão sob investigação nesta Casa. O empréstimo citado pelo jornal não era do meu conhecimento, foi feito entre um banco e uma empresa. Não tem o meu aval e de ninguém do meu partido – disse.
Segundo o jornal O Globo, a empresa DNA teria contraído junto ao Banco Rural empréstimo de R$ 11,7 milhões oferecendo como garantia contratos assinados com a Secretaria de Comunicações e Governo de Minas Gerais. O jornal afirma, ainda, que poucas semanas depois, pelo menos 70 políticos ou pessoas ligadas a políticos da coligação de Eduardo Azeredo – candidato à reeleição ao governo de Minas – receberam repasses da SMP&B que chegaram a R$ 1,6 milhão.
O senador afirmou que se considera vítima no episódio.
– O que eu não posso concordar é que a hipocrisia prevaleça. Eu tenho uma vida pública que é conhecida dos mineiros, e respeitada. Não venham com hipocrisia para cima de mim – enfatizou.
Eduardo Azeredo disse estar à disposição de "qualquer fórum" do Senado para esclarecer as denúncias, e afirmou não se sentir constrangido em permanecer à frente do PSDB Nacional.
– Eu estou aqui dizendo a verdade, eu não sabia desses empréstimos, eu não fui responsável por nenhuma distribuição. Não tenho nenhum constrangimento em continuar dirigindo partido que eu ajudei a fundar – garantiu.
As informações são da Agência Brasil.
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