| 25/07/2005 10h57min
O mercado reduziu, pela décima semana seguida, a projeção de inflação medida pelo Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), indicador que baliza o sistema de metas do governo. De acordo com pesquisa do Banco Central (BC) com analistas de cerca de cem instituições financeiras, a projeção do IPCA para o fim deste ano foi reduzida de 5,67%, há uma semana, para 5,55%, hoje. Para o ano que vem, os analistas dos bancos mantiveram a estimativa em 6%. Para julho, a expectativa de inflação também caiu: de 0,40%, para 0,30%.
A meta ajustada do Banco Central para inflação deste ano é de 5,1% e a resistência da projeção do mercado acima desta meta foi um dos motivos para o Comitê de Política Monetária (Copom) iniciar em setembro do ano passado o ciclo de altas na taxa básica de juros, a Selic. Após nove meses de alta, a taxa está mantida em 19,75% ao ano. Apesar das 10 semanas seguidas de corte nas projeções de inflação, o mercado não aposta numa queda na taxa na reunião do Copom de agosto. O prognóstico para o mês que vem é de Selic em 19,75% ao ano. Para o fim do ano, porém, os analistas dos bancos estimam que a taxa ficará em 17,88%, abaixo da previsão da semana anterior. Para 2006, o prognóstico foi mantido em 15,75%.
De acordo com a pesquisa do BC, o mercado espera um crescimento do Produto Interno Bruto (PIB, a soma das riquezas geradas pelo país) de 3% este ano, mesma projeção há quatro semanas. Para o ano que vem, o prognóstico de crescimento da economia também foi mantido: 3,5%, taxa mantida há 12 semanas.
A expectativa para o saldo da balança comercial este ano subiu de US$ 36,45 bilhões para US$ 37 bilhões. Para o ano que vem, os economistas das instituições financeiras também elevaram o prognóstico de saldo comercial: de US$ 30 bilhões para US$ 30,48 bilhões.
As informações são da Agência O Globo.
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