Promotores que investigam irregularidades na prefeitura de Santo André (SP)afirmaram nesta sexta que há semelhanças entre o que ocorria na gestão do prefeito Celso Daniel (PT) e as denúncias de caixa dois e corrupção que envolvem integrantes do partido.
As declarações foram depois do interrogatório de três dos acusados de envolvimento no esquema municipal, segundo informações veiculadas nesta sexta pelo Jornal Nacional, da Rede Globo.
Acusado de envolvimento no assassinato de Daniel, ocorrido em 2002, Silva foi interrogado nesta sexta. O ex-secretário de obras Klinger de Oliveira e o empresário Ronam Maria Pinto também estão envolvidos em acusações de cobrança de propina de empresas de ônibus em Santo André entre 1997 e 2001.
Segundo o Ministério Público apurou, R$ 100 mil foram depositados por empresas de ônibus nas contas de Sérgio Gomes da Silva. No depoimento, ele disse que na época não tinha percebido os depósitos.
Os promotores que fizeram a denúncia acreditam que haja
ligação entre a cobrança de propina e o assassinato do prefeito Celso Daniel.
O promotor Roberto Wider afirma que recursos garantidos naquela época iriam para o escritório de José Dirceu em malas, conduzidas por Gilberto de Carvalho, atualmente chefe de Gabinete do presidente Luiz Inácio Lula da Silva.
Carvalho, em nota, garante que nunca entregou qualquer soma de dinheiro a José Dirceu e que a acusação já foi arquivada pelo Supremo Tribunal Federal. O ex-chefe da Casa Civil, José Dirceu, afirmou também, em nota, que as denúncias não têm fundamento.