Sem indicação de recuperação das vendas nos próximos meses, a Associação Brasileira de Supermercados (Abras) rebaixou sua previsão de faturamento este ano. De uma alta de 3% prevista para 2005, o setor espera agora chegar a dezembro com aumento entre 2% e 2,5%. O presidente da entidade, João Carlos de Oliveira, disse que a revisão foi feita em função do fraco crescimento registrado no segundo trimestre deste ano.

De janeiro a junho deste ano, de acordo com a Abras, as vendas reais registraram alta de 3,68% em relação a igual período do ano passado, mas a variação já foi bem mais alta. De janeiro a março os supermercados acumulavam ganho de 8,63%, percentual que caiu para 5,45% nos primeiros quatro meses e para 4,27% no acumulado de janeiro a maio – sempre em comparação com igual período de 2004.

O presidente da Abras disse ter ficado frustrado com a decisão do Comitê de Política Monetária (Copom), que decidiu manter a taxa básica de juro, a Selic, em 19,75% ao ano. Segundo ele, este é um fator adicional, que deve contribuir para o fraco desempenho da economia, com reflexo nas vendas do varejo.

As informações são da Agência O Globo.